Educação inclusiva: confira importância e desafios para o educador

A educação inclusiva deve ser pensada e incorporada em todas as instituições, independentemente do tamanho. Ela permite que os alunos cresçam com uma mente mais aberta, sem preconceitos e com mais empatia pelo próximo

Neste texto, você entenderá mais sobre esse conceito, conhecerá os principais desafios enfrentados por educadores e gestores e receberá dicas para adaptar a escola a essa realidade. Continue a leitura e saiba mais!

Importância da educação inclusiva

Para entender a importância da educação inclusiva, é interessante diferenciá-la da educação especial. Enquanto a segunda separa o aluno do convívio com outras crianças de escolas regulares, a primeira contribui para que a criança possa crescer e se desenvolver como parte da sociedade.

No entanto, para isso, a escola deve identificar os principais desafios dessa educação e oferecer suporte ao aluno e à família. Também é fundamental conscientizar os pais de todos os alunos sobre as limitações e pontos de atenção.

Entre os benefícios, as crianças convivem com as diferenças e aprendem a respeitar os outros desde cedo, tornando-se adultos com menos preconceitos. Além disso, para o aluno, esse caminho possibilita o desenvolvimento mais efetivo da linguagem e do aprendizado nas diferentes matérias.

Isso permite um convívio mais harmonioso em um espaço que ofereça segurança e resulte em ganhos sociais expressivos.

Princípios e práticas da educação inclusiva

Quando falamos sobre os principais pilares da educação inclusiva, não podemos deixar de mencionar:

• aprender a conhecer;
• aprender a fazer;
• aprender a conviver;
• aprender a ser.

Tudo isso é pautado pensando no principal objetivo de uma educação inclusiva: o de estabelecer igualdade de oportunidades e possibilidades na educação, independentemente das particularidades e das características do indivíduo.

Dessa forma, pautados nesses quatro pilares, as crianças e adolescentes aprendem desde cedo a importância do respeito ao outro, entendendo que cada um tem suas diferenças, mas que isso não é motivo para tratá-los de maneira negativa.

A principal ideia é englobar toda a comunidade escolar e familiar, para que pais e responsáveis também aprendam a lidar com esses assuntos e quebrem preconceitos enraizados.

Desafios enfrentados pelos educadores

Existem alguns desafios enfrentados por educadores que não podem ser deixados de lado. A seguir, explicamos quais são os principais. Confira!

Falta de capacitação

Um dos pontos que mais chama a atenção é a falta de capacitação da comunidade escolar como um todo. Não apenas professores devem saber lidar com as diferenças, como também funcionários de diferentes áreas.

Quando não há a capacitação necessária, há mais dificuldade em oferecer um atendimento adequado, além de ser mais desafiador respeitar as questões individuais dos alunos.

Para ser inclusiva, uma escola deve continuamente oferecer treinamentos, provendo recursos para que professores e demais pessoas consigam se especializar com pós-graduações, por exemplo. Isso deve vir acompanhado de uma cultura de feedback que promova a troca de experiências.

Recursos financeiros limitados

Para um atendimento personalizado por pessoas capacitadas, é preciso investimento da instituição. Uma das saídas é o fornecimento de pós e treinamentos. Porém, muitas vezes, os recursos para isso são limitados.

Existe também a necessidade de a gestão da instituição promover mudanças estruturais, além de oferecer recursos pedagógicos que fazem com que a organização consiga fomentar a inclusão com mais facilidade. Na prática, se a escola tem alunos de diferentes vivências, ela é diversa. Mas, se não oferece as mesmas oportunidades, ela não facilita a inclusão social.

Se um aluno cadeirante enfrenta escadas em vez de rampas, não terá a autonomia necessária para uma rotina igual à dos outros alunos. Por isso, é preciso de investimento nas mais diversas frentes, inclusive na tecnologia, além de mudanças estruturais para realmente fazer com que a educação seja inclusiva.

Exemplos de práticas inclusivas

Separamos alguns exemplos de práticas inclusivas que servem como os primeiros passos para a mudança do paradigma institucional. Confira:

• salas multiníveis: nesses espaços, não há distinção entre os níveis de aprendizagem; os alunos participam de um mesmo grupo;
• adaptação de materiais: os materiais didáticos devem ser adaptados às diferentes necessidades dos alunos, incluindo versões em braile, recursos audiovisuais e outros facilitadores;
• mentorias: alunos também devem contar com mentores para sanarem suas dúvidas e apoiarem em dificuldades no dia a dia da escola. Essa prática pode ser feita e incentivada com a participação de outros estudantes em estágios mais avançados de aprendizagem;
• alterações nas estruturas: se for preciso, considere restruturar o espaço físico da instituição para facilitar o acesso e a convivência dos alunos. Além da acessibilidade em seu sentido mais amplo, é necessário que a escola seja aberta à interação constante de vários grupos ao mesmo tempo.

Formação continuada e apoio institucional

Mencionamos a necessidade de investir na capacitação dos professores e demais profissionais envolvidos no ensino — como Diretores, Inspetores, Professores, Pedagogos etc). Porém, para alcançar isso, é essencial haver apoio institucional para a formação continuada, uma vez que esse conhecimento estará diretamente relacionado com a superação dos desafios comuns enfrentados pelas instituições.

Além disso, a prática permite formar pessoas que realmente saibam lidar com as diferentes características e particularidades dos indivíduos. Esses pontos são indispensáveis para que a educação inclusiva realmente floresça nesse ambiente.

Neste material, você pôde entender um pouco mais sobre o que é educação inclusiva, suas características e quais são os seus pilares. Como vimos ao longo do conteúdo, ter pessoas de diferentes realidades não torna a instituição inclusiva.

É preciso ir além, oferecendo suporte, apoio, garantir que as oportunidades sejam as mesmas e conseguir fazer com que o nível de aprendizagem oferecido seja semelhante para todos os alunos. Para isso, é essencial garantir a educação continuada e possibilitar a capacitação dos seus profissionais.

Não se esqueça de facilitar e promover todas as práticas que apresentamos aqui para que o ambiente escolar ocupe um espaço de formação pessoal na vida de todas as pessoas envolvidas na rotina do aluno. Esse é o melhor caminho para incentivar uma formação pautada na educação inclusiva.

Continue em nosso site e entenda mais sobre a Pós-graduação em Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e também sobre a Pós-graduação em Educação Especial e Educação Inclusiva: da Educação Infantil à Universidade.