Afinal, qual área da Medicina escolher? Veja a opinião de um especialista!
A profissão de médico é uma das mais valorizadas no mundo todo. Também, pudera! Com tanta responsabilidade e tantos desafios que ela reserva, não há como não enaltecer esse profissional. Contudo, assim como outras ocupações, essa viabiliza diversos caminhos. Por isso é importante entender qual área da Medicina escolher.
E, sim, sabemos que é difícil optar por um caminho em meio a tantas possibilidades. Portanto, resolvemos juntar, aqui no texto, informações sobre o tema. Além disso, conversamos com Anna Tereza Miranda Soares de Moura, pediatra e professora do curso de Medicina da Estácio. Ela trouxe percepções e experiências que nos ajudaram em alguns esclarecimentos.
Quer ficar por dentro dos principais conhecimentos para você fazer sua escolha? É só continuar a leitura!
Quais são as principais áreas da Medicina?
Quem se pergunta qual área da Medicina escolher se depara com um universo de alternativas, então vale começar olhando para as especialidades mais famosas. Elas, inclusive, geram oportunidades fora do Brasil, comenta Anna Tereza.
“As principais áreas da Medicina são aquelas já consagradas para a formação do médico generalista, inclusive presentes nas diretrizes curriculares do curso e que capacitam para atender no mundo todo”, revela.
A professora ainda complementa: “Clínica Médica, Pediatria, Cirurgia Geral, Ginecologia e Obstetrícia, Psiquiatria e Urgência e Emergência são alguns exemplos. Elas são os pilares do curso para a formação e permitem atender em diferentes níveis de atenção, independentemente do que, depois, o futuro profissional venha a fazer”.
Qual é a diferença entre residência e especialização?
Ao cursar Medicina, é preciso já ter em mente que os estudos não terminam com a graduação de 6 anos. “Se o estudante tem o objetivo de se desenvolver, precisa permanecer se atualizando. A residência e a especialização são ótimas opções, desde que realizadas em hospital ou instituição de ensino que tenha uma estrutura bem organizada”, avisa Anna Tereza.
“Dessa forma, a residência e a especialização precisam contar com um cenário de prática bem constituído, preceptoria de boa qualidade e bom conteúdo teórico. Além disso, o concurso de edital público precisa ser reconhecido por aquela área médica que o estudante quer seguir”, recomenda.
Contudo, é legal saber que residência e especialização não são a mesma coisa, apesar de serem conceitos relacionados. Diferenciamos a seguir!
Residência médica
É o treinamento prático e intensivo de uma área. A duração é entre 2 e 3 anos, tempo no qual o estudante recebe bolsa de estudos. É uma ótima forma de preparo para o mercado de trabalho, por isso é fundamental muita dedicação.
Especialização médica
A especialização costuma oferecer bagagem técnica e teórica na área escolhida. Segue a recomendação do MEC e oferece carga horária de, no mínimo, 360 horas. No final, é preciso passar por uma prova de título aplicada pelo Conselho de Medicina.
Como saber qual área da Medicina escolher?
Anna Tereza concorda que a escolha não é fácil. Contudo, ela dá algumas dicas. “São vários fatores para avaliar. É possível analisar, por exemplo, o sentimento em relação às disciplinas com as quais você sente afinidade. Um bom parâmetro é perceber qual área o aluno performa melhor ou tem mais interesse em aprender”.
A especialista afirma, ainda, que é comum a escolha ser influenciada por um professor. “Por exemplo, se percebemos a felicidade dele e seu êxito em criar uma boa relação com os pacientes, isso nos inspira a querer seguir o mesmo caminho”.
Outra sugestão é conversar com profissionais que já atuam na área. A percepção deles sobre o dia a dia de trabalho e os desafios, certamente, darão uma perspectiva mais real do que o futuro espera.
Mais uma ideia é acompanhar as novidades do mercado. Áreas recém-chegadas ou pouco exploradas podem ser boas, já que, nelas, a concorrência é baixa. Para ficar por dentro, leia revistas e blogs da profissão.
Para Anna Tereza, poder contar com ajuda faz muita diferença quando o estudante tem dúvidas sobre qual área da Medicina escolher. “Quanto mais apoio dos colegas, dos professores, dos familiares e da instituição de ensino a pessoa tiver, mais fácil fica”. Assim, vai a dica: faça a graduação em uma faculdade que seja aberta a criar um vínculo com os estudantes, combinado?
Por que escolher uma especialidade compatível com o perfil do profissional?
A profissão de médico já exige dedicação e superação constante. Agora, imagina ficar anos se empenhando em algo que não gera tanto prazer! Apesar de a média salarial de um médico ser alta, acima de R$10.000, é a realização do dia a dia de trabalho a responsável por aquela motivação para continuar com os esforços.
O perfil do profissional diz muito sobre o jeito de ser, a personalidade de cada especialidade. Por exemplo, cirurgiões, muitas vezes, precisam fazer decisões rápidas. Isso exige enorme concentração e autoconfiança.
Clínicos, por sua vez, precisam analisar com calma o estado do paciente, antes de chegar a uma conclusão sobre a melhor intervenção. Por isso, o autoconhecimento também ajuda bastante no momento de decidir qual área da Medicina escolher.
Existe um momento certo para decidir a especialidade?
Apesar de ser recomendado buscar informações desde o início da graduação, vale dizer que não é necessário pressa para tomar essa decisão. “Não há um momento certo para isso. Porém, quanto mais ao final do curso, melhor. Isso porque o estudante já vai vivenciando mais coisas e tendo outras oportunidades de aprendizado”, opina Anna Tereza.
“Fazer escolhas na vida não é fácil. Imagina, então, ser estudante e se deparar com muitos caminhos pela frente! A Medicina tem muito isso. Você pode ser um pesquisador de bancada ou um plantonista de terapia intensiva. Ou quem sabe trabalhar no setor privado, no setor público, ser gestor, seguir a carreira acadêmica. São muitas opções, por isso tamanha complexidade”.
Por fim, ela dá a última dica para quem ainda não sabe qual área da Medicina escolher: “é legal ter em mente que essa decisão não precisa ser limitadora. Nada impede que você faça uma escolha inicial e, com tempo, reflita sobre seus interesses. Os caminhos, na verdade, são longos e cheios de curvas”.
Gostou das nossas dicas? Caso precise de ajuda com algo ou queira informações sobre o curso e o vestibular para Medicina, é só entrar em contato!