O que é anamnese? Como fazer e quais as etapas? Saiba mais

o que é anamnese
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Você não sabe o que é anamnese ou quer saber mais sobre essa prática? Então chegou ao post certo. Compreender bem esse conceito é fundamental para exercer suas atividades na área da saúde, pois faz parte do procedimento para fazer o diagnóstico de um paciente.

É por meio da anamnese que é possível coletar as informações necessárias para entender o caso e, assim, adotar as melhores condutas em relação às condições clínicas e ao tratamento do paciente.

Neste post, vamos tratar deste assunto ao explicar o que é anamnese, quais são as suas etapas, como ela é feita e a sua importância para a carreira médica. Acompanhe e saiba mais!

O que é anamnese?

O termo vem da palavra grega “anamnésis”, que significa “lembrança”. Na Medicina, isso significa fazer com que o paciente se lembre do que está sentindo e relate para o médico. Essa é uma das funções do profissional no momento do atendimento e é fundamental para que ele possa realizar o diagnóstico correto.

Quais as etapas da anamnese?

A anamnese tem diversas etapas na prática. Todas elas requerem muita atenção ao relato do paciente, até mesmo no que ele não foi capaz de expressar corretamente. A seguir, compreenda como ela é feita no atendimento médico!

Identificação do paciente

Para começar, é necessário conhecer o paciente. Para isso, é importante fazer algumas questões que vão revelar elementos importantes para a sua identificação, como:

  • nome completo — é o passo principal para fazer o prontuário correto e colabora no diálogo com o paciente;
  • endereço — é uma forma de contato e ajuda a revelar algumas características da região que podem ser relevantes para o diagnóstico;
  • idade — outro fator importante para ser avaliado, pois algumas doenças se manifestam de maneira diferente dependendo da faixa etária;
  • estado civil — esse dado também pode ajudar na análise do caso;
  • gênero e identidade — algumas doenças são mais incidentes no sexo feminino, enquanto outras acometem mais aos homens (além disso, essa informação indica o pronome de tratamento que o paciente deseja receber);
  • raça ou etnia — algumas complicações de saúde têm fatores de risco genéticos ou que podem estar associados à cor de pele do paciente;
  • profissão — determinadas profissões podem colocar a pessoa em contato com situações ou instrumentos que põem a saúde em risco;
  • procedência — permite saber se o paciente visitou alguma região recentemente, se esteve em áreas de risco ou se entrou em contato com pessoas que estão com alguma doença contagiosa;
  • hábitos — tabagismo, sedentarismo, alcoolismo, uso de medicamentos, entre outros costumes, podem estar relacionados ao desenvolvimento de diversas patologias.

Queixa principal

Depois de identificado, o paciente precisa se sentir aberto para fazer a sua queixa principal, ou seja, a razão pela qual ele foi procurar um atendimento médico. Uma dica é escrevê-la com as mesmas palavras ditas pelo indivíduo, caso sejam objetivas.

História da doença atual

Fazer perguntas sobre como surgiu a queixa, onde o paciente notou os sintomas, a partir de que dia ele se sentiu diferente, entre outras questões que relatem a história da doença, é fundamental para compreender de fato o caso.

Histórico médico e familiar

Além do mais, é importante saber se houve doenças antecedentes e se elas podem estar relacionadas ao caso atual. Analisar o prontuário do paciente pode ajudar também a compreender melhor o seu histórico médico.

Outro ponto importante para buscar saber em um atendimento é se alguém próximo da família manifestou sintomas ou foi diagnosticado com alguma doença que possa ter caráter genético ou contagioso.

Como é feita a anamnese?

Seguir as etapas da anamnese é essencial para chegar a uma hipótese e pedir exames que confirmem o diagnóstico. Para isso, entenda com mais detalhes como esse conceito deve ser colocado em prática!

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Análise de parâmetros clínicos

Além da identificação, os parâmetros clínicos, obtidos geralmente na triagem, antes de uma consulta, ajudam a compreender melhor a queixa do paciente. Por isso, é relevante a análise da pressão arterial, temperatura do corpo, nível de glicemia, reflexos neurais, entre outros dados que possam revelar alguma alteração da homeostase do organismo.

Investigação de histórico

Compreender a história por trás do paciente também vai levar a algumas ideias do que está se passando com ele, facilitando o diagnóstico. Por essa razão, é importante verificar o seu histórico clínico, se houve cirurgias anteriores, uso de medicamentos recentes, tratamentos realizados, além do histórico familiar de parentes de primeiro grau.

Interpretação verbal e não verbal do paciente

Como visto, nem sempre o paciente é capaz de expressar tudo o que está sentindo, omitindo alguns sintomas — propositalmente ou não. Por essa razão, é importante enxergar além do que está sendo verbalizado.

A postura corporal, aspectos anormais da pele, sudorese, tremores, ferimentos, falta de contato visual, dificuldade na fala, confusão mental e várias outras manifestações do paciente podem revelar algum sintoma ou dado importante que não foi relatado. 

Cruzamento de informações

Depois de ouvir o paciente, prestar atenção em seu estado, conferir os dados clínicos e analisar o histórico, é necessário cruzar essas informações para levantar hipóteses do que está alterando o estado de saúde da pessoa. Isso é essencial para solicitar os exames corretos e realizar um diagnóstico preciso.

Conversa com o paciente

Outro ponto imprescindível é explicar para o paciente o que ele pode estar sentindo, apresentando as suas hipóteses e explicando por que está pedindo cada exame. Também é necessário descrever para que serve cada medicamento receitado, a dosagem necessária, a frequência que deve ser tomado e outras informações que sejam úteis.

Orientação do diagnóstico

Quando todas as informações estiverem reunidas e as hipóteses forem testadas em exames, é a hora de dar um diagnóstico. Por meio dele, serão definidos os tratamentos mais adequados para tratar os sintomas ou curar a doença. Isso também precisa ser bem explicado ao paciente.

Qual a importância da anamnese na carreira médica?

Como visto, a anamnese é fundamental para a realização de um diagnóstico preciso e, consequentemente, o tratamento adequado da doença. Isso mostra o quão responsável precisa ser o profissional dessa área, pois qualquer falta de atenção pode levar a uma conclusão equivocada. No entanto, isso não é motivo para desistir da Medicina — muito pelo contrário, pois mostra a importância dessa profissão na vida de toda a população.

Por esse motivo, ser uma pessoa analítica é outra característica necessária do perfil do estudante da área da saúde. Isso vai oferecer vantagens na carreira de Medicina e ajudar a aplicar o tratamento adequado. Além disso, estabelecer um diálogo aberto e acolhedor com o paciente durante a anamnese vai criar uma relação de confiança entre ambos, permitindo que sejam encontradas as melhores formas de tratá-lo.

Sendo assim, compreender o que é anamnese é algo muito importante para realizar um bom diagnóstico e ter sucesso na carreira médica. Por isso, é fundamental se lembrar da importância de um atendimento humanizado e de colocar as necessidades do paciente em primeiro lugar.

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