Médico especialista em dor: o que faz e como se formar na área?
No geral, a dor é um sinal de alerta e indica que algo não vai bem no organismo No entanto, existem situações em que os episódios de dor se tornam frequentes e exigem intervenções de especialistas, como um médico especialista em dor.
Mas qual a diferença entre dor aguda e dor crônica? Quais os tratamentos mais indicados para esses quadros? Veja, neste material, a resposta para essas e outras dúvidas sobre a medicina da dor. Saiba o que faz o médico especialista em dor, quanto ganha um médico e qual é o curso que possibilita atuar nessa área. Boa leitura!
Afinal, o que é medicina da dor?
Que muitos pacientes somente procuram ajuda médica quando a dor se torna muito intensa é fato. Porém, essa sensação de imenso desconforto funciona como um alerta do sistema nervoso e pode surgir até mesmo em decorrência de questões emocionais. Contudo, a dor se origina por mecanismos complexos e que envolvem diferentes processos fisiológicos.
Em vias gerais, a dor ainda é um dos principais motivos de preocupação da maioria das pessoas. Isso ocorre, principalmente, mediante dificuldade de confirmação diagnóstica da real causa da dor. A necessidade de solucionar problemas desse tipo foi determinante para o surgimento de mais uma especialidade clínica: a medicina da dor.
Essa carreira se concentra em problemas mais profundos e não considera a dor apenas um sintoma de doenças. Os médicos especialistas em dor avaliam cada caso em toda a sua complexidade. O tratamento é centrado em ações voltadas para oferecer conforto e bem-estar ao paciente.
O médico da dor, por meio de sua formação específica, experiência clínica e conhecimento técnico, utiliza os melhores recursos para atingir seus objetivos. O foco das intervenções é promover condições para que o paciente tenha uma melhor qualidade de vida.
A medicina é uma das carreiras mais valorizadas no mercado de trabalho. No entanto, a média salarial é influenciada por diferentes fatores, como o nível de formação e a carga horária. Segundo o site da Catho, um médico generalista ganha em torno de 9.764,00 atuando por 30 horas semanais. Nas especialidades médicas, os vencimentos podem passar de 20 mil reais.
Qual a diferença entre dor aguda e crônica?
Geralmente, a dor aguda surge de repente e pode desaparecer rapidamente quando a causa é resolvida. Mesmo assim, muitas pessoas tendem a ignorar esse tipo de dor, exceto quando ela surge com muita intensidade e provoca fortes crises. Os episódios mais comuns são as cólicas renais ou infecções, como apendicite.
A dor crônica pode ter duração longa e está associada a complicações mais sérias. Devido às suas características, ela pode, inclusive, continuar mesmo após o tratamento da lesão ou da enfermidade que a gerou. Isso torna especialidades como a medicina da dor importantíssimas para controlar tais quadros.
A dor crônica pode ser causada por inúmeras doenças e, por isso, essa condição requer um acompanhamento profissional regular. Os casos mais comuns estão associados a problemas vasculares e relacionados a desvios de coluna vertebral, hérnia de disco, artrose nos joelhos, artrite e complicações autoimunes.
Logo, as dores crônicas são mais preocupantes e desafiadoras para a classe médica. Por isso, elas exigem tratamentos mais complexos e detalhados. Devido a essas peculiaridades, os médicos que atuam na medicina especializada em dor precisam desenvolver habilidades centradas em uma prática clínica mais humanizada.
Vale ressaltar, ainda, que independentemente de sua classificação, a dor não funciona somente como um sinal de alerta. Do ponto de vista funcional, ela é considerada um importante mecanismo de defesa que visa manter as funções vitais em seu patamar de normalidade.
O que faz o médico especialista em dor?
Essa especialidade exige um perfil profissional peculiar, com habilidades centradas em condutas de gerenciamento da dor. Na pós-graduação, o médico recebe um treinamento especial para conduzir a avaliação diagnóstica e um tratamento diferenciado de todos os tipos de dor.
Como essa área da medicina é focada em tratamentos complexos que envolvem diferentes doenças e suas particularidades, esse profissional necessita ter conhecimento especializado. Contudo, por mais que ele desenvolva habilidades específicas para tratar essas condições, geralmente, ele atua junto a uma equipe multidisciplinar.
Além de complexas, as dores agudas e crônicas são, muitas vezes, exacerbadas por influência de fatores psicológicos. Por isso, em conjunto com o trabalho médico, o paciente também é avaliado por psicólogos, terapeutas ocupacionais, nutrólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, farmacêuticos e outros que possam agregar melhoria aos resultados.
Portanto, esse acompanhamento interdisciplinar é de suma relevância para tornar o tratamento mais eficaz. Por meio da orientação e encaminhamento para cuidados, segundo os programas de reabilitação da dor, é possível atingir a expectativa dos profissionais e pacientes que lidam com esses desafios.
Quais as habilidades exigidas por essa especialidade?
Em primeiro plano, toda a equipe que complementa o trabalho do médico especialista em dor deve ter conhecimento profundo em temas como a fisiologia da dor. Igualmente relevante é desenvolver habilidades que possibilitem avaliar pacientes com quadros mais complicados.
Tecnicamente, exige-se também conhecimento teórico e prático sobre diferentes problemas de dor, a fim de facilitar a compreensão de testes especializados que diagnosticam tais condições dolorosas. Essa interdisciplinaridade permite uma avaliação mais apropriada e um direcionamento mais acertado para solucionar os quadros mais complexos.
Portanto, além da habilidade para trabalhar em equipe, o médico especializado em dor tem um perfil distinto. Ele maximiza soluções utilizando uma visão sistêmica do problema de saúde e, ao mesmo tempo, centrada nas especificidades de cada caso. O objetivo é proporcionar ao paciente uma rotina ativa, mais tranquila e com qualidade de vida.
Em vias gerais, as responsabilidades de quem atua nessa área médica são:
- Abordar e avaliar, clinicamente, o paciente com queixas de dores recorrentes;
- Reconhecer as principais síndromes dolorosas e adotar um manejo clínico adequado;
- Trabalhar focado nos principais métodos de avaliação diagnóstica da dor;
- Indicar os principais tratamentos intervencionistas, visando a melhoria da rotina do paciente.
Onde fazer esse curso?
O primeiro passo para atuar como médico especialista em dor crônica ou aguda é ter graduação em medicina. Depois de formado, o médico precisa se registrar na categoria e obter seu CRM médico. Após essas etapas, ele se torna apto para fazer uma pós-graduação ou residência em medicina da dor.
Portanto, tão importante quanto a conquista do título de médico especialista em dor é fazer uma boa graduação. Por isso, conheça o Idomed — o sistema de faculdades médicas integradas da Faculdade Estácio — e faça a sua matrícula. A escolha da instituição é essencial para o sucesso profissional de quem almeja atuar nesse campo tão desafiador.
Gostaria de atuar nessa carreira médica? A graduação em medicina é a primeira etapa: inscreva-se no processo seletivo!