O que faz um médico da família? Conheça mais sobre a especialização
Um dos momentos mais aguardados por quem sonha em ser médico é o contato com as diferentes áreas da Medicina durante a formação acadêmica. Afinal, como informa a resolução CFM nº 2221/18, há cerca de 55 reconhecidas no Brasil. Dada essa quantidade, é normal surgirem dúvidas. Um bom exemplo é a curiosidade existente sobre quem é e o que faz o médico da família.
Uma escolha de carreira cada vez mais frequente dentro do meio médico, em especial neste contexto de pandemia e de distanciamento social — que tem contribuído (e muito) para transformar e reformular a relação entre pacientes e profissionais da saúde.
Mas, afinal, como é essa área de atuação? Quais são os diferenciais, os objetivos e as particularidades das atividades desenvolvidas por um médico da família? Para deixar você a par de tudo, preparamos este post com um panorama sobre a formação e o trabalho dessa categoria. Acompanhe e saiba mais!
O que faz um médico da família?
O médico da família é o profissional formado em Medicina de Família e Comunidade, uma área com algumas características muito particulares. Por exemplo, a atuação dela não ocorre de forma pontual e ocasional como as consultas em outras especialidades (Neurologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Psiquiatria etc.).
Ao contrário, é voltada para o atendimento tanto do indivíduo quanto daqueles que o cercam e convivem com ele de maneira recorrente e planejada — é daí que vem o nome desse segmento.
Como é o atendimento do médico da família
A proposta por trás do atendimento do médico da família é oferecer um acompanhamento de longo prazo para cada configuração familiar, conhecendo a realidade, as necessidades e os desafios das pessoas quando o assunto são os cuidados com a saúde.
Dessa forma, o médico desse ramo entende não só o que funciona melhor para elas, mas principalmente adapta o trabalho realizado para estreitar a confiança na relação médico-paciente e repassar com mais eficiência algumas medidas educativas para o bem-estar da sociedade.
Assim, garante a redução de surtos de doenças, a remissão de problemas virais e o controle de epidemias e de pandemias. Ou seja, questões de saúde pública que demandam uma conscientização social, além, é claro, de mudança de hábitos e de adoção de cuidados básicos de higiene.
O médico da família e a Atenção Primária à Saúde
É pelo que acabamos de falar que os profissionais da área atuam exclusivamente na Atenção Primária à Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) — que é a primeira de três formas de atendimento prestado à população. São eles que estão nos postos e nas unidades básicas auxiliando e acompanhando os brasileiros nas consultas de rotina.
Afinal de contas, a Atenção Primária em Saúde representa justamente as ações médicas voltadas para melhorar e promover o bem-estar coletivo. Isso inclui avaliações clínicas, tratamentos simples e orientações para prevenção de enfermidades.
Além disso, ela tem o importante papel de detecção precoce de problemas crônicos e graves que necessitam de um acompanhamento especializado, fazendo o encaminhamento do paciente para os demais níveis de atenção (o secundário e o terciário).
Há especialização para ser um médico familiar?
Após a graduação em Medicina, você se torna um médico generalista. Portanto, se tem desejo em realizar atividades específicas, trabalhar com um perfil delimitado de paciente e/ou atender casos que se situem dentro de um segmento de estudo e pesquisa, deverá realizar uma ou mais especializações em Medicina.
Logo, com a Medicina de Família e Comunidade não é diferente. Como descreve a resolução que apresentamos logo no início deste post, você deve fazer uma pós-graduação nesse campo para poder atuar nele. Ao todo, há duas opções — ambas com duração de dois anos.
Residência médica
A primeira é o tradicional programa de residência médica com foco em Medicina de Família e Comunidade. Ele é feito em tempo integral e permite uma aproximação imersiva na área, contribuindo para que a vivência prática do atendimento clínico aos pacientes seja a principal ferramenta de aprendizado e de aperfeiçoamento dos residentes.
Contudo, também há ciclos de conteúdos teóricos e apresentação de pesquisa e material científico — necessários, inclusive, para a obtenção do título de especialista.
Cursos de especialização
A segunda alternativa trata-se dos cursos de especialização. Eles mesclam aulas padrões com estudos de caso e aprofundamento teórico-científico com estágios ambulatoriais e hospitalares para o desenvolvimento profissional e a atualização de procedimentos técnicos de saúde.
Caso você escolha fazer uma especialização, é importante estar atento à norma do Conselho Federal de Medicina (CFM) que determina a realização de um concurso para que os pós-graduados recebam o título de especialista. A prova é realizada pela Associação Médica Brasileira (AMB) em parceria com a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC).
Como a faculdade prepara o profissional para essa área?
A faculdade prepara para essa área por meio de duas vertentes. A primeira delas é graças às matérias do curso de Medicina que trazem para dentro da sala de aula a temática da Saúde da Família ao longo dos semestres, levando você a debater, a refletir e a conhecer todos os aspectos — históricos, legais e sociais — por trás do segmento e da realidade do SUS.
A segunda, por sua vez, é graças ao internato em Medicina. O motivo é bem claro: você vai a campo conhecer a realidade da prática profissional. É nessa vivência que ocorre o contato com:
- protocolos de saúde;
- organização de plantões;
- jornadas dos médicos;
- demandas (de infraestrutura, aparato tecnológico, equipamentos e insumos médicos, entre outros) de postos e de unidades básicas;
- rotina de atendimento aos pacientes e aos familiares etc.
E então, gostou de se informar sobre quem é o médico da família, como é esse tipo de atuação e qual o caminho a ser percorrido para seguir nessa carreira? Pois agora é o momento de investir nos seus estudos. Opte por uma faculdade de Medicina que capacite você para ser um profissional da saúde atualizado, com vasto conhecimento científico e preparado para lidar com um mercado em constante mutação.
E se você quer saber mais detalhes de como é a rotina da graduação em Medicina, é só seguir a gente no Facebook, no YouTube, no Instagram e no LinkedIn!