Medicina Integrativa: como é atuar nessa área? Descubra!

Medicina integrativa
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Se o seu objetivo é estudar Medicina para atuar no ramo da saúde, certamente, já sabe que não faltam assuntos que merecem atenção e bastante aprofundamento, como é o caso da Medicina Integrativa. Afinal, essa é uma área que está em constante mudança e sempre aperfeiçoando como se desenvolve o relacionamento com os pacientes.

Por essa razão, trouxemos um post para abordar o que trata esse tema e como ele pode influenciar a sua carreira no futuro. Confira!

O que é Medicina Integrativa?

A Medicina Integrativa se trata de uma prática de atuação na qual o médico enxerga e trata o paciente como um ser biopsicossocial. Ou seja, a saúde dele deixa de se resumir apenas às questões orgânicas e fisiológicas e passa a envolver também o bem-estar mental, as condições de alimentação, o desenvolvimento intelectual e cognitivo, e inclusive, os aspectos sociais e culturais em que ele está inserido.

É justamente por essa razão que ela tem esse nome de integrativa, pois mescla diversas esferas da vida de um indivíduo. Tudo isso com o objetivo de proporcionar um atendimento, um acompanhamento e, principalmente, um tratamento mais humanizado, flexível e personalizado — de acordo com as necessidades, os interesses e as particularidades da vida de cada paciente.

Nesse processo, a Medicina acaba dialogando bastante com as outras áreas da saúde, como a Nutrição e a Psicologia. Isso proporciona novas alternativas para prevenir enfermidades, promover saúde e equilíbrio emocional e, de quebra, reduzir os efeitos de doenças crônicas — que são aquelas sem possibilidade de cura, apenas de controle.

Quais são os princípios da Medicina Integrativa?

Os grandes médicos que praticam a Medicina Integrativa têm dois princípios norteadores muito importantes para o trabalho que realizam. O primeiro diz respeito ao ato de reconhecer que, por mais essencial e avançada que seja, a Medicina nem sempre consegue lidar com todos os problemas de saúde existentes, quanto mais saná-los.

Por isso, é fundamental que as diversas áreas da saúde atuem em conjunto e de forma multidisciplinar para que sejam alcançados resultados mais satisfatórios para o paciente.

Já o segundo princípio é o da participação ativa do paciente nas medidas adotadas. Em vez de o médico apenas prescrever que atividades ou práticas a realizar, a pessoa será consultada sobre o que ela deseja fazer e como quer fazer.

Esse diálogo é importante para que o paciente não só se sinta respeitado e incluído, de fato, nas decisões que afetam a rotina dele, mas também para que ele se engaje e desfrute mais dos tratamentos que serão realizados.

A Medicina Integrativa é uma especialidade médica?

Essa é uma questão que pode ocorrer facilmente entre os vestibulandos que não estão a par das decisões e regulamentações do Conselho Federal de Medicina (CFM). Afinal, além do contato com esse órgão só ocorrer durante a faculdade, essa é uma das carreiras que mais têm diferentes especialidades a nível global.

Logo, é normal que haja confusões e dúvidas, não é mesmo? Porém, aqui solucionamos o mistério. Isso porque a resolução CFM n.º 2221/18 é bem clara quanto a esse assunto: ela reconhece 55 especialidades que o médico pode seguir após a graduação. Alguns exemplos são a endoscopia, a dermatologia, a pediatria e a urologia.

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A Medicina Integrativa, por sua vez, não faz parte dessa lista. Na prática, isso significa que não há um título de “médico integrador” como existe para o médico oncologista, o médico psiquiatra ou o médico ginecologista.

Portanto, caso você queira se aprofundar nessa tendência do ramo, não será obrigatório fazer uma especialização nem uma residência médica — até porque nem o próprio CFM, nem as Associações/Federações Brasileiras de Medicina reconhecem oficialmente esse tipo de formação em um nível superior.

Como é o mercado de trabalho da Medicina Integrativa?

Por se tratar de uma abordagem de trabalho, qualquer médico pode fazer uso da Medicina Integrativa. Contudo, ela é uma tendência mais predominante entre aqueles que atuam com Medicina da Família, Clínica Médica e Clínica Geral.

Ou seja, os três segmentos que marcam a atenção primária à saúde — que é o atendimento procurado pelos pacientes para exames de rotina, acompanhamento de doenças agudas leves e crônicas já diagnosticadas e avaliação física e mental.

Assim, ao identificar que o paciente não está satisfeito com a própria saúde, os possíveis tratamentos (quase sempre medicamentosos) que realiza e com a redução da qualidade de vida que tem experimentado, o médico sugere opções integrativas para corrigir essa situação e trazer mais bem-estar.

No Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, é comum a utilização de práticas como a homeopatia, a fitoterapia, a acupuntura, o termalismo entre outras possibilidades previstas pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, estabelecida pela portaria n.º 971/06. Isso sem falar, é claro, na readequação dos hábitos alimentares e no planejamento de atividades recreativas e de lazer para o bem-estar psicoemocional.

Como virar um profissional da área?

Se você está em dúvida sobre como trabalhar com Medicina Integrativa, uma vez que ela não é uma especialidade médica, fique tranquilo porque não é nada muito complexo! Durante a sua faculdade de Medicina (e até mesmo a sua pós-graduação), você pode investir em cursos livres, de extensão e de qualificação que abordam esse conteúdo.

Workshops e treinamentos também são uma boa alternativa para estudar o assunto e ter contato com médicos que já fazem uso da Medicina Integrativa na rotina de trabalho. Além disso, sempre é interessante participar de congressos, simpósios e eventos científicos que abordem essa e outras tendências do ramo da saúde.

Tenha em mente que essas ocasiões podem render bastante aprendizado. Inclusive, servindo para você ter um conhecimento antecipado de novas metodologias de atuação, como o uso da inteligência artificial na Medicina, que beneficiam os tratamentos de inúmeras enfermidades.

Resumindo: tudo isso deixa você por dentro da abordagem integrativa, ajuda a desenvolver novas habilidades técnicas e ainda enriquece o seu currículo profissional — tornando-o mais atual, versátil e qualificado.

Ao longo do post, você viu que a preparação para ser um futuro médico envolve não só conhecer o campo da Medicina e os diversos segmentos dela, mas também as práticas inovadoras de atuação — como a Medicina Integrativa — que tornam o seu trabalho mais eficiente e o principal: contribuem para a promoção da saúde dos pacientes. Portanto, continue pesquisando e se informando sobre tudo o que envolve a área para começar a sua formação acadêmica com gás total!

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