Qual é a importância da empatia na rotina de um médico?
Se seu grande sonho é cursar Medicina, você deve saber que se trata de uma área que exige um conhecimento teórico e técnico muito aprofundado.
Ter atenção aos mínimos detalhes é essencial, já que os médicos, independentemente da especialização, lidam com vidas. Entre outras coisas, isso significa que é necessário desenvolver e praticar a empatia na Medicina.
Se relacionar com cada paciente e dar atenção e carinho em doses apropriadas são habilidades dos profissionais bem-sucedidos nessa carreira médica. Saber acolher as pessoas que chegam ao consultório ou aquelas que estão internadas no hospital faz parte das características de um médico completo.
Mas qual é o verdadeiro impacto da empatia na Medicina e como ela se manifesta no dia a dia do médico? Acompanhe com a gente na sequência!
Importância da empatia na formação médica
Como seres sociais que somos, as relações interpessoais aparecem como uma necessidade. Nesse sentido, assim como a maioria das profissões, a Medicina proporciona um convívio constante com pessoas. Logo, é um equívoco acreditar que basta ser um exímio cirurgião, por exemplo, para que se consiga alcançar uma formação completa. As habilidades relacionais são imprescindíveis para o exercício da profissão.
A empatia consiste em se colocar no lugar do outro. Nem sempre é fácil, mas é necessário. Ao fazer anamnese, por exemplo, o médico precisa ter o tato de olhar nos olhos do paciente e, durante alguns minutos, prestar máxima atenção ao que ele tem a dizer. Quando se comporta de modo frio e distante, o profissional corre o risco de não observar algum ponto importante do relato de quem está ali, bem à sua frente.
Como consequência dessa negligência de sensibilidade (podemos classificar assim), existe o risco de se enganar quanto ao diagnóstico e prescrever um tratamento inadequado ou perigoso, seja ele medicamentoso ou não.
O problema piora quando o conjunto de sinais e sintomas apresentado corresponde a duas ou mais doenças parecidas. Nessas situações, é evidente que o grau de concentração nas palavras do paciente ganha ainda mais notoriedade.
Para tanto, o médico necessita ser empático. Só assim o paciente se sentirá em um ambiente confortável e seguro para dizer o que sente em relação ao seu mal-estar. Portanto, a empatia na Medicina é substancial para aumentar o índice de exatidão de diagnósticos e, por conseguinte, a eficácia dos tratamentos propostos.
Por conta de tudo isso, é preciso que você avalie atentamente a grade curricular do curso de Medicina. Afinal, a formação oferecida deve contemplar a empatia como elemento indispensável do perfil do estudante de Medicina do presente e do futuro.
Habilidades socioemocionais relevantes na Medicina
Considerada umas das profissões mais desafiadoras de qualquer época, a Medicina faz com que diferentes especialistas tenham que contornar obstáculos diariamente. Não tenha dúvida: o sucesso das suas decisões enquanto profissional do ramo está inteiramente ligado a um conjunto de habilidades socioemocionais.
A perícia técnica está longe de ser a única preocupação para quem pretende trabalhar na área. Existem variados tipos de médicos, definidos conforme a especialização escolhida. Note, entretanto, que todos eles devem exibir determinadas habilidades socioemocionais, que são facilmente encontradas nos bons profissionais de qualquer carreira. Vamos a algumas delas a seguir!
Autoestima
A autoestima não se limita a se sentir bem consigo. Na realidade, ela engloba todo o processo de autoconhecimento. A partir do momento que você, ao longo dos semestres do curso, passa a se conhecer melhor, começa a perceber seus pontos fracos e fortes de maneira espontânea.
Com um corpo docente bem preparado, esse aparente confronto com suas limitações individuais está longe de ser um empecilho. Na verdade, elas contribuem para que você saiba exatamente quais são os aspectos que precisam ser melhorados ao longo de sua formação.
Criatividade
Por sua vez, a criatividade vai muito além de uma espécie de dom artístico. Aqui, queremos que você observe a relação entre o ato criativo e a busca de soluções em ambiente hospitalar. Afinal, tal associação é vital para produzir respostas rápidas, principalmente em momentos marcados pelos sentimentos de urgência e tensão.
Diante da necessidade de tomar decisões cotidianamente, o hábito de usar a criatividade para fazer abstrações leva à descoberta de elementos que, pela força da rotina, acabam passando despercebidos. Esse processo possibilita um aprimoramento contínuo da prática profissional.
Comunicação
Já demos a deixa de que saber como se comunicar é, antes de qualquer aspecto, ouvir com interesse. Em vez de se preocupar apenas em passar o seu conhecimento sobre o problema do paciente, cabe ao médico identificar e ouvir com atenção a pessoa com a qual ele está falando.
As explicações usadas em consultas e nas demais tratativas realizadas ao longo de um eventual tratamento precisam ser personalizadas. O detalhe mais importante é se fazer entender pelo paciente e deixá-lo tranquilo, na medida do possível.
Autocontrole emocional
Por fim, temos que mencionar uma habilidade socioemocional que atua como fator correlacionado à empatia. O autocontrole de suas emoções é vital para que o médico consiga detectar a linha tênue entre um atendimento empático e um envolvimento emocional inadequado com o paciente.
Nunca é demais lembrar que a impassibilidade também cumpre papel de destaque no processo de desenvolvimento de quem deseja exercer uma medicina de excelência. O segredo consiste em aprender a ficar inabalável em momentos propícios, como durante a conclusão de um diagnóstico complicado ou no decorrer de uma intervenção cirúrgica — apenas para ficar com dois exemplos clássicos.
Como dizia Hunter Doherty, cuja história foi apresentada no filme Patch Adams, o amor é contagioso, a Medicina não existe para apenas prorrogar a morte, e sim para melhorar a vida das pessoas que estão em algum tratamento. Trata-se de um convite a todos que queiram vivenciar a prática médica de coração aberto. Tal mentalidade é determinante para que a inclusão da empatia na Medicina aperfeiçoe os resultados terapêuticos, além de promover um convívio harmônico entre médico, paciente e demais pessoas envolvidas.
Mas e você, o que acha da ideia de ter uma formação médica que também se preocupa com o desenvolvimento da empatia ao longo do curso? Deixe um comentário aqui para a gente!