Você sabe o que é o Revalida? Entenda agora!
Atualmente, fazer um curso superior fora do Brasil é bem comum. Mas você sabia que os estudantes que se formam em Medicina no exterior precisam realizar uma prova específica para exercer a profissão no Brasil?
A regra, inclusive, vale tanto para estrangeiros quanto para brasileiros. Em ambos os casos, os formados devem se submeter ao chamado Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras).
O nome do exame é longo, mas fornece indícios que justificam a obrigatoriedade da avaliação. Basta lembrar que, de um país para o outro, as grades curriculares de muitos cursos apresentam diversas diferenças. Tudo isso requer um atestado de conhecimento técnico minucioso.
Por meio do Revalida, o médico formado no exterior precisa comprovar que a graduação feita em uma faculdade de Medicina estrangeira atende aos requisitos exigidos pelos órgãos que regulamentam a prática médica em território brasileiro. Quer entender como o exame funciona? Fique com a gente a seguir!
Como se dá o processo para fazer o Revalida?
Assim como acontece em outros processos semelhantes, é necessário ter atenção a todos os detalhes do Revalida. Basicamente, o candidato disposto a fazer a prova deve observar se os pré-requisitos mencionados a seguir estão em ordem:
- CPF;
- situação legal no Brasil;
- diploma de graduação em Medicina.
A faculdade estrangeira que concedeu o diploma de graduação deve ser reconhecida pelo órgão oficial do país (o equivalente do MEC no Brasil). Também é necessário que o documento seja autenticado, sendo que a forma de autenticação depende de cada país. Para os países signatários da Convenção de Haia, que é um acordo multilateral entre 112 países, essa burocracia é facilitada.
Além disso, o médico deve sinalizar qual será a instituição de ensino superior pública do Brasil que revalidará seu diploma. A fim de evitar equívocos, é aconselhável confirmar se o local desejado realmente oferece a mesma área da Medicina ou equivalente. Naturalmente, o curso também precisa ser reconhecido pelo MEC.
Como é o Revalida agora e o que vai mudar?
O exame segue sendo realizado em duas etapas, que visam testar os candidatos de forma teórica e prática. No entanto, houve algumas reformulações com a intenção de ajustar determinadas diretrizes curriculares. Houve, por exemplo, a inclusão do tema da saúde mental na fase prática do exame.
A taxa de inscrição, em 2020, ficou em R$ 330. Em virtude da pandemia do novo coronavírus, o calendário também sofreu alterações. Para se ter uma ideia, o resultado final da primeira fase do Revalida 2020 só sai em março de 2021.
Outra novidade é que, em caso de reprovação na segunda fase, o médico pode efetuar mais duas tentativas a partir da mesma etapa. Em edições anteriores, a eliminação levava o participante a ter que repetir a primeira fase, no Revalida subsequente.
Como são as provas teórica e prática?
A prova teórica contempla um conjunto de 100 questões objetivas e 5 dissertativas. A aplicação acontece no mesmo dia, porém em períodos distintos. Pela manhã, todos recebem a prova com perguntas de múltipla escolha. À tarde, vem a prova discursiva.
Todas as questões versam sobre conhecimentos acerca de procedimentos e protocolos que os médicos aprenderam ao longo do curso. Entre os temas comuns, destaque para:
- ginecologia;
- obstetrícia;
- clínica médica;
- pediatria;
- cirurgia;
- medicina da família;
- saúde pública.
Aqueles que forem aprovados são submetidos à próxima fase, caracterizada pela realização de 10 anamneses relacionadas a casos simulados.
É importante salientar que, de forma parecida com uma banca de vestibular, o Inep (órgão encarregado de gerir o Revalida sob supervisão do MEC) forma uma comissão para a concretização do exame. A essa equipe é atribuída a tarefa de selecionar as questões da prova. Para tanto, ela tem acesso a um banco de dados específico do Revalida.
Com relação à nota de corte, o exame também conta com outra comissão, desta vez constituída por docentes que não tenham qualquer relação com a escolha das questões. Cabe aos professores avaliar cada item, a fim de conceder um prognóstico relativo à probabilidade de acerto dos candidatos.
Após a obtenção de uma média de respostas certas, é possível inseri-la no cálculo final da média total de acertos. A partir daí, tem-se a nota de corte, que oscila conforme o contraste entre a dificuldade das questões e a qualidade da preparação dos participantes.
Como estudar para o Revalida?
Agora que você já tem uma boa ideia de como é a prova, resta conferir algumas dicas de como estudar do modo mais apropriado. O preparo faz diferença no resultado, já que, historicamente, o Revalida é reconhecidamente complicado. Na última edição do exame, 5 em cada 100 participantes foram aprovados.
A conquista de um bom desempenho depende da adoção de algumas ações comuns em preparativos para as provas de vestibulares ou concursos concorridos, como demonstraremos abaixo.
Estudo pelas questões de provas anteriores
Seja qual for o exame, as questões são elaboradas com base em algum padrão. As bancas ou comissões organizadoras estabelecem critérios de avaliação precisos, os quais dependem de questões capazes de testar o conhecimento de maneira satisfatória. De um modo geral, isso significa que os enunciados dos itens das questões não costumam fugir muito daquilo que se viu em edições passadas.
Além disso, há uma certa predileção de temas. Ciente disso, você descobre exatamente em quais aspectos o exame deve focar e conseguae determinar os assuntos que devem ser estudados com prioridade.
Revisão das práticas de anamnese
Com você viu, a fase prática está ligada à capacidade de avaliação de sinais e sintomas, utilizados para a apresentação de um diagnóstico juntamente com os relatos feitos pelos pacientes. Assim, vale a pena rever algumas doenças com indícios similares, sobretudo os distúrbios associados à saúde mental. Isso ajudará a não cometer confusões.
Para quem o teste é direcionado?
Engana-se quem pensa que o Revalida serve apenas para se candidatar a uma das vagas disponíveis no mercado de trabalho em Medicina do Brasil. Isso porque o exame aparece constantemente como pré-requisito de concursos públicos. Soma-se a isso o fato de que a revalidação de diploma também é solicitada antes de autorização em programas de residência médica. O mesmo raciocínio vale para a aceitação de matrículas em cursos de pós-graduação no país.
Por todas essas razões, o Revalida é mais do que essencial para quem estudou Medicina em outro país e deseja trabalhar em solo brasileiro. O exame é imprescindível para constatar se o médico tem condições de atender pacientes nos moldes do SUS — um dos melhores sistemas de saúde do mundo. Mas se você prefere cursar Medicina por aqui mesmo, saiba que nós temos instituições de excelência.
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