Profissões que vão desaparecer: como se destacar no futuro?

profissões que vão desaparecer
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Se você é estudante ou está prestes a entrar na faculdade, provavelmente tem muitas expectativas para o mercado de trabalho dos próximos anos. Mudanças significativas no modo de exercer as atividades e de interagir com o mundo já são bastante visíveis, o que gera questionamentos sobre as profissões que vão desaparecer.

Sim, algumas carreiras vão sair de cena para dar espaço a outros tipos de emprego. Boa parte das novas funções estarão ligadas à tecnologia e à gestão de pessoas, e estima-se que 85% delas ainda nem foram inventadas.

Em todo caso, é possível prever cenários a partir de análises constantes sobre as transformações que ocorrem em um ritmo cada vez mais acelerado. Para abordar melhor o assunto e ajudar você a refletir, convidamos Sabrina Machado Petrola, gerente de Ensino da Estácio de Sá, a contribuir com este artigo.

Fique de olho e descubra como se preparar para aproveitar as oportunidades do mercado futuro!

Quais são as profissões que vão desaparecer?

Pensar sobre isso demanda suposições sobre as tarefas, serviços e soluções que serão essenciais daqui a alguns anos. Outro exercício interessante para facilitar esse processo é perguntar onde está o nosso futuro?

Sabrina afirma que o futuro é o hoje e o agora, portanto, já chegou: “conceitos como o de home office, teletrabalho e educação digital são realidades contemporâneas. A pandemia da COVID-19 acelerou ainda mais as transformações digitais que ora vivemos em todos os setores”.

Ela também aponta as transformações trazidas pela Indústria 4.0 e a popularidade do uso de recursos como realidade virtual, automação e assistentes digitais: “tenho certeza de que não vai demorar muito para você chegar na sua casa e gritar com alguma das assistentes virtuais já disponíveis no mercado”, completa.

Para Sabrina, se deparar com robôs domésticos será visto como algo normal em lares da classe média: “eles serão capazes de fazer leitura labial, reconhecimento facial e gestos com clareza. A I.A. com emoção se incorporará em interfaces de conversa, não há a menor dúvida”.

Diversas pesquisas e consultorias vêm sendo elaboradas para apontar as carreiras que perderão relevância em um futuro próximo. Cargos que envolvem a execução de tarefas padronizadas e maçantes, por exemplo, serão bastante afetados por conta da automatização.

Entram nessa lista os trabalhos dos caixas de banco, operadores de telemarketing, garçons, vendedores e demais profissionais que fazem atendimento ao público. Até ocupações mais tradicionais, como as dos engenheiros, arquitetos, contadores e gastrólogos, podem perder lugar para a inteligência artificial.

As carreiras que envolvem interação humana ou são pautadas na emoção, por outro lado, manterão sua importância. É o caso da Psicologia, Enfermagem, Direito, Medicina, Pedagogia e demais áreas que não possam ter suas atividades dominadas por algo artificial ou programado.

Assim como as máquinas a vapor reduziram o trabalho braçal durante a Primeira Revolução Industrial, é esperado que a tecnologia passe a fazer cada vez mais coisas de maneira autônoma, substituindo ou complementando ações realizadas pelo cérebro humano.

Essa previsão exige que profissionais de diversas áreas comecem a pensar fora da caixa para reinventar processos. Assim como o desenvolvimento de um perfil disruptivo para oferecer soluções inovadoras a pessoas, empresas e potenciais parceiros de negócio.

Como se destacar no mercado de trabalho futuro?

Até um tempo, muitas pessoas se baseavam nas profissões mais bem pagas para escolher uma carreira que garantisse o sucesso. Acontece que as mudanças do mercado ocorrem cada vez mais rápido, com tendências que se multiplicam para determinar como será a atuação em cada área.

Por conta disso, é importante ficar de olho nas novidades e buscar formas de se antecipar a tudo aquilo que possa ser lançado como inovador. Ideias com potencial para transformar o mundo de forma positiva certamente terão mais espaço para crescer e gerar algum tipo de renda.

Conhecer possíveis saídas para as profissões que vão desaparecer também é uma boa forma de se preparar. Um trabalhador rural pode até perder lugar para o maquinário pesado da agricultura em larga escala, mas tem a opção de investir em um nicho específico, como a produção de alimentos orgânicos.

Habilidades desejáveis ao profissional do futuro

A capacitação e aprendizado constante é outra prática necessária para quem deseja encarar o futuro com bons olhos. Em primeiro lugar, vale a pena desenvolver as chamadas soft skills, que consistem em habilidades socioemocionais referentes à personalidade e ao comportamento de cada indivíduo.

Essas competências “nascem de acordo com as experiências, cultura, formação, e também estão relacionadas a como você interage e se relaciona com os outros”, afirma Sabrina. Por se diferenciarem das habilidades técnicas — as hard skills —, são essenciais para qualquer pessoa que queira se tornar mais humana em um mundo digital.

Sabrina destaca, ainda, que a automação de tarefas exigirá uma nova postura dos profissionais: “saímos da sociedade meramente industrial, passamos pela sociedade do conhecimento e estamos nos conectando com a sociedade da emoção”.

Prova disso está no conteúdo de um relatório elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, que mostra o futuro do trabalho e apresenta algumas das principais competências que todo profissional deve ter. Entre elas, podemos citar:

  • pensamento inovador e analítico;
  • aprendizado ativo e estratégias de aprendizado;
  • criatividade, originalidade e iniciativa;
  • tecnologia, design e programação;
  • pensamento crítico;
  • resolução de problemas complexos;
  • liderança e influência social;
  • inteligência emocional;
  • racionalidade, resolução de problemas e ideação;
  • análise e avaliação de sistemas.

Todas têm potencial para gerar resultados e entregar valor aos grupos de seu interesse, portanto, procure desenvolvê-las quanto antes. Essa é a melhor forma de manter as portas do mercado abertas para você.

Sabrina reforça que tanto as soft skills quanto as hard skills têm seu papel e devem compor o perfil de qualquer profissional do futuro: “as organizações contratam as pessoas pelas suas competências técnicas, mas você mantém sua empregabilidade e aumenta consideravelmente suas oportunidades de crescimento quando desenvolve as competências socioemocionais”.

Principais tendências para o mercado do futuro

Sabrina diz que os “empregos menos suscetíveis de serem eliminados pela tecnologia são os ligados à gestão de pessoas, experiência aplicada, e que envolvem interação social, habilidades que as máquinas ainda não são capazes de fazer”. Quanto aos novos cargos, boa parte terá foco nas seguintes tendências do mercado:

  • envelhecimento da população;
  • eficiência energética;
  • soluções para o aquecimento global;
  • serviços e produtos para classes em expansão de consumo;
  • tecnologias aceleradoras, como inteligência artificial e robótica.

A convidada também aponta suas previsões sobre a configuração das futuras empresas e do mercado em geral. Para ela, os próximos cenários deverão ser marcados por fatores como:

  • mais liberdade para escolher como, onde e quando trabalhar, principalmente de forma remota;
  • mais conhecimento a partir da adoção da tecnologia como principal instrumento de aprendizado e registro de novos saberes no meio corporativo;
  • menos estabilidade com o aumento do trabalho baseado na demanda, e não em contratos de longo prazo — isso significa mais flexibilidade para atuar em diferentes empresas, utilizando plataformas digitais e criando redes colaborativas de trabalho;
  • mais protagonismo na carreira e autogestão para definir os caminhos que trarão satisfação em diversos âmbitos da vida;
  • mais significado e propósito para os trabalhos que façam sentido e que estejam conectados com as aspirações pessoais de cada indivíduo.

Práticas que podem ajudar

De acordo com a Consultoria do Mckinsey Global Institute, entre 2016 e 2030, espera-se um aumento da demanda por habilidades sociais em todas as indústrias. Entre as cognitivas, podemos destacar criatividade, tomada de decisão, pensamento crítico e processamento de informações complexas.

Nesse sentido, é importante que todo profissional seja colaborativo e capaz de trabalhar em equipe. Isso permitirá resolver problemas e propor soluções que beneficiem a todos. Algumas práticas que podem ser úteis nessa caminhada incluem:

  • aprender a interagir e a desenvolver relacionamentos para trabalhar com os outros de forma direta ou virtual;
  • usar sempre a combinação de empatia, lógica e pensamento inovador;
  • fortalecer os conhecimentos técnicos para acelerar a aprendizagem;
  • dominar as ferramentas e os recursos necessários para manipular tecnologias e utilizar dados;
  • explorar ideias para fundamentar e validar soluções;
  • aprender continuamente para permanecer relevante;
  • cultivar uma mente de crescimento e capaz de se adaptar às mudanças;
  • especializar-se para os trabalhos e ter interesse por melhorias.

Sabrina ainda destaca a importância de ser original e legítimo para transformar sua própria voz e talento em diferenciais: “reconheça seus pontos fortes e use-os em seu benefício. Aprenda com os outros e desenvolva seus pontos fracos, eles são uma excelente oportunidade para melhorar a performance”.

Como escolher a graduação certa?

Além de saber quais profissões vão desaparecer e quais competências e habilidades devem ser desenvolvidas, invista no seu autoconhecimento. Ele será essencial para fazer escolhas condizentes com as demandas do mercado e alinhadas ao seu propósito de vida.

Qual é o seu sonho? O que inspira sua existência? Qual legado quer deixar para a sociedade? Perguntas como essas devem ser respondidas antes de decidir sobre sua carreira. Só então você terá condições de buscar um curso que permita cumprir seus objetivos.

Há inúmeras opções entre graduação tecnológica, curso técnico, bacharelado ou licenciatura. Após a formação, você ainda pode se especializar com uma pós-graduação ou fazer mestrado/doutorado. Basta encontrar uma instituição de qualidade e que ofereça todas essas possibilidades.

A Estácio se encaixa nesse perfil e pode garantir acesso à melhor faculdade para o seu perfil. Aproveite a variedade de cursos e comece a construir sua carreira. Aqui você terá preparo adequado para superar as profissões que vão desaparecer e reinventar o modo de trabalhar com o que gosta.

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