Engenharia de Petróleo: conheça os desafios e oportunidades de carreira!

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Escolher uma profissão não é das tarefas mais fáceis, não é mesmo? Contudo, as coisas ficam mais claras quando buscamos informações realistas sobre a carreira. Nessa análise, é preciso avaliar várias questões, entre elas a evolução da área no mercado. A de Engenharia de Petróleo, por exemplo, tem crescido e atraído pessoas visionárias. Já ouviu falar nela?

A profissão foi regulamentada pelo Confea em 1973 e, cada vez mais, tem se mostrado uma boa aposta. O fato de o petróleo ser uma das principais matérias-primas e base da economia é um dos motivos para tal crescimento.

E se sua curiosidade é com relação ao salário, então saiba: ele é promissor. Por outro lado, o dia a dia da profissão é um tanto quanto puxado. No entanto, não precisa se preocupar, pois muitas das habilidades importantes são ensinadas pelas melhores faculdades.

Conversamos com Sheila Silva, Engenheira de Petróleo e Especialista em Auditoria e Perícia Ambiental, Professora e Coordenadora do curso na Estácio. Ela nos ajudou a entender algumas questões importantes da profissão no mercado de trabalho. Vamos lá?

A Engenharia de Petróleo e suas características

Por ser um dos tipos de Engenharia, não podem haver dúvidas sobre a área de conhecimento da profissão. Entre Humanas ou Exatas, logicamente o curso está dentro dessa segunda opção. Com isso, existem muitas matérias relacionadas à Matemática, Física e Química. Exemplos de disciplinas durante o curso são: Termodinâmica, Mecânica dos Fluidos, Eletricidade.

Sheila, inclusive, já aconselha “é uma Engenharia em que você utiliza muito os conceitos de Química Orgânica e Inorgânica. Então, é preciso uma habilidade natural com Exatas”.

E se quando você pensa na profissão já imagina uma plataforma de petróleo como o seu escritório profissional, então saiba que essa é apenas uma das possibilidades. Muita gente tem apenas essa visão porque, no Brasil, a maior produção de petróleo é no mar, em especial no Rio de Janeiro e São Paulo.

A Engenheira explica isso melhor: “dentro da cadeia produtiva de petróleo, a produção é apenas uma das etapas. Temos também pesquisa, a perfuração de poço, o transporte e a etapa de beneficiamento dessa matéria-prima. Uma delas — a de produção — está no mar. No Nordeste, por exemplo, temos a produção em terra.”

A Engenharia de Petróleo, ainda, permite a atuação em diversas áreas especializadas. A faculdade costuma proporcionar um conhecimento generalizado, abrangendo vários conhecimentos. Contudo, é um caminho natural o estudante buscar aprimoramento depois, realizando cursos de pós-graduação e especialização.

Sheila comenta sua trajetória: “eu, particularmente, fiz Engenharia de Petróleo e, dentro da faculdade, já entendi que tinha uma afinidade com a área de meio ambiente. Tive disciplinas sobre isso no curso, claro, mas também fui atrás de especialização”. Algumas das possibilidades de atuação são: exploração de produção de hidrocarbonetos, refinarias de petróleo, processamento de gás natural, transporte de petróleo.

Os desafios e oportunidades dessa área

Se o seu interesse pela área começou a crescer, então comemore: o mercado de trabalho em Engenharia, qualquer que seja, é um dos mais estáveis. Contudo, isso não significa que não existam exigências, viu! Uma delas é a necessidade de fluência em outro idioma. O profissional lida, frequentemente, com empresas estrangeiras e atua no setor de importação e exportação. Assim, quem pensa no futuro profissional precisa se dedicar, junto, a outra língua.

Além disso, a Engenharia de Petróleo é uma profissão, de certa forma, recente. Com isso, tudo o que, aqui no Brasil, sabíamos sobre petróleo tinha relação com a Petrobrás. Até os cursos, em sua maioria, eram dados por ela.

“A Petrobrás, ao contratar, pegava um engenheiro mecânico e o treinava em suas universidades próprias. Após isso, o profissional ganhava o título de engenheiro de petróleo. O curso dado por faculdades é recente. Em contrapartida, por termos um mercado mais aberto, há a possibilidade de trabalhar em multinacionais”.

Além do domínio em Exatas, algumas características recomendadas são a habilidade de trabalhar sob pressão, a boa capacidade de comunicação, a proatividade, a responsabilidade, o instinto de liderança e o grande conhecimento em tecnologias. Por falar nesse último, Sheila chama a atenção para a Quarta Revolução.

“Estamos imersos na Indústria 4.0. As empresas de petróleo estão automatizando os processos, deixando-os mais limpos. Então, o profissional precisa se ater a esse conceito e ter a tecnologia como aliada. Quem quer sobreviver precisa saber otimizar processos e tratar dados, por exemplo”.

Com todas essas exigências, também vêm as vantagens: o salário inicial do engenheiro de petróleo é de R$7.806 e chega a mais de R$12.000, aqui no Brasil. Ao trabalhar com empresas estrangeiras, há a possibilidade de a remuneração acontecer em dólar ou euro.

Como saber se vale a pena seguir essa carreira

Para quem está pensando em entrar na carreira, Sheila dá algumas dicas: “é preciso gostar de viver cada dia como uma página em branco. Tem que gostar de trabalhar sem rotina, porque, nessa área, além do constante contato com a natureza, os desafios são frequentes. Trabalhamos muito com equipes e, dependendo, o projeto pode ter duração de 7 ou 14 dias. É recomendado, ainda, ter um trato natural com pessoas e saber lidar com equipes. Disponibilidade para viajar, também, costuma fazer parte”.

Ela sugere, além disso, ser um exímio leitor e gostar de assuntos relacionados à geopolítica. O motivo? O simples fato de o petróleo estar relacionado a questões mundiais, tendo interferência da Rússia e da Arábia Saudita, por exemplo.

“No início da pandemia, o preço do barril do petróleo bateu negativo. Quem não é conhecedor ficou assustado. Por isso, é importante acompanhar o que acontece lá fora e o impacto disso no mercado. Também, recomendo congressos e revistas técnicas. A Petrobrás produz um material muito bacana”, explica.

Pensando na empregabilidade no Brasil, outro conselho é investir em uma faculdade de qualidade, desenvolver boa rede de networking e aprimorar soft skills, as famosas habilidades comportamentais.

Por fim, Sheila aconselha: “me formei na Estácio. Na minha sala de aula, só tinham duas mulheres. Eu formei e a minha colega não. É uma área majoritariamente masculina. É, também, desafiadora. Quem quer estudar Engenharia de Petróleo, além de precisar se preparar bem, tem que ter noção de que o seu lugar de morar é o mundo”.

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