Coronavírus no Brasil: o que você precisa saber sobre a doença?
O coronavírus é o assunto do momento. Depois de parar países como a China e a Itália, o surto de contaminação chegou ao nosso país e levou muitos estados a também paralisarem suas rotinas. Mas, afinal, como está a situação do novo coronavírus no Brasil e no mundo?
Neste artigo, separamos todas as informações que você precisa para entender melhor o que é a pandemia do coronavírus e controlar as emoções. Continue a leitura e saiba quais são os principais riscos e sintomas, como evitar o contágio e, ainda, como se informar adequadamente!
Entenda por que é preciso se preocupar com o coronavírus
O novo coronavírus causa infecções respiratórias que podem ser leves, especialmente entre crianças e jovens, até problemas mais sérios, principalmente nos grupos de risco. São mais vulneráveis:
- idosos;
- pessoas com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes;
- imunocomprometidos, como portadores de HIV.
Apesar de ter uma taxa de letalidade relativamente baixa — gira em torno dos 3% —, o coronavírus tem um potencial de transmissão muito alto. Com isso, muitos pacientes podem precisar de atendimento emergencial ao mesmo tempo, levando a uma sobrecarga dos serviços de saúde.
Assim, o grande problema é de infraestrutura: incapazes de acomodar a todos, os hospitais podem não ter como prestar o atendimento emergencial a quem precisa, o que eleva o número de casos fatais.
A origem do novo coronavírus
O coronavírus faz parte de uma família viral conhecida desde a década de 1960. Entretanto, os vírus têm grande potencial de mutação e, com isso, novas doenças vão surgindo. O novo coronavírus surgiu na China, em dezembro de 2019 e causa a COVID-19 (sigla em inglês para Doença do Coronavírus de 2019).
Embora as causas ainda não tenham sido completamente esclarecidas, a hipótese mais aceita é que as pessoas podem ter sido contaminadas devido ao comércio de animais exóticos na China, sendo que principalmente os morcegos são vetores do vírus.
A pandemia mundial
Após algumas semanas localizado em Wuhan, capital da província chinesa de Hubei, o novo coronavírus começou a se alastrar por outros países. No dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que se tratava de uma pandemia.
Atualmente, todos os continentes já registraram casos do novo coronavírus. O país com maior número de casos ainda é a China, com mais de 80 mil casos. No entanto, a Itália e a Espanha são as nações mais afetadas até o momento devido ao alto número de mortes. A Itália já registra quase 7 mil mortes (até 25 de março de 2020).
O novo coronavírus no Brasil
No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em 25 de fevereiro, em um homem recém-chegado de uma viagem à Itália. No início de março, a transmissão se tornou comunitária. Isso significa que pacientes que não estiveram no exterior nem tiveram contato com viajantes já estavam sendo contaminados.
Um mês depois, o boletim do Ministério da Saúde aponta 2,2 mil casos confirmados. O estado mais afetado é o de São Paulo, com mais de 800 casos. Para conter a transmissão, alguns estados declararam quarentena, com paralisação do comércio e de outros serviços para incentivar o isolamento social.
A transmissão do novo coronavírus
De acordo com o Ministério da Saúde, os meios de transmissão ainda estão sendo estudados. O que sabemos até o momento é que o vírus é transmitido de pessoa para pessoa, ou seja, por contato com:
- gotículas de saliva contaminadas, expelidas durante a fala, tosse e espirros.
- secreções contaminadas, como o catarro;
- mãos com resíduos de secreções ou gotículas contaminadas, durante o aperto de mãos;
- objetos e superfícies contaminadas.
Os sintomas do novo coronavírus
Depois que ocorre a transmissão, o coronavírus fica incubado por 5 a 12 dias, período em que os primeiros sintomas podem aparecer. Para a maioria das pessoas, eles incluem:
- febre;
- coriza;
- tosse;
- dores no corpo;
São menos comuns diarreia, náuseas e dor de garganta. Já em casos mais graves, os sintomas podem vir acompanhados de dificuldade para respirar, desenvolvimento de pneumonia e insuficiência renal.
Saiba como deve ser a prevenção ao coronavírus
Como a transmissão do vírus se dá pelo contato pessoal, a medida mais efetiva na contenção dos contágios é diminuir a circulação social. Por isso, universidades, escolas e algumas empresas suspenderam suas atividades presenciais.
Além do isolamento social, cuidados de higiene são muito bem-vindos, como:
- lavar as mãos frequentemente com água e sabão;
- evitar levar as mãos às mucosas da boca, olhos e nariz;
- na falta de água e sabão, aplicar álcool 70 nas mãos, principalmente ao entrar e sair de lugares;
- não compartilhar objetos de uso pessoal;
- cobrir a boca com a parte interna do braço ou com lenços ao tossir ou espirrar, evitando espalhar gotículas que podem estar contaminadas.
Por enquanto, ainda não há intervenções farmacêuticas disponíveis para conter o coronavírus. A expectativa é que uma vacina própria para o vírus seja desenvolvida nos próximos meses. Além disso, cientistas de todo mundo estão testando tratamentos alternativos para a COVID-19, ainda sem resultados conclusivos.
Descubra como se manter informado sobre casos de coronavírus
Nesse momento de apreensão coletiva, o compartilhamento de notícias duvidosas pode comprometer ainda mais a segurança e a tranquilidade de todos. Portanto, é muito importante evitar a divulgação de informações falsas e aguardar posicionamentos oficiais dos órgãos competentes. Veja como se inteirar sobre o novo coronavírus.
Canais oficiais de órgãos competentes
Acompanhe o site do Ministério da Saúde com explicações e recomendações sobre o novo coronavírus no Brasil. O portal da OMS também traz informações importantes sobre a pandemia em escala global.
Além disso, vale a pena ficar de olho nas notícias da sua região, já que cada esfera de poder público atua com certa autonomia nas medidas de enfrentamento da transmissão. Então, siga o canal oficial da Secretaria de Saúde do seu estado, além do site e das redes sociais da prefeitura da sua cidade.
Grandes veículos de notícias
Outra dica é acompanhar veículos de notícias tradicionais. Os maiores jornais do país estão fazendo uma cobertura constante sobre a situação da pandemia e as recomendações para prevenção ao coronavírus. Canais como o G1, a BBC Brasil, a Exame e o Estadão são alguns exemplos.
Sites com estatísticas globais
Para conferir de perto a evolução nos casos de coronavírus ao redor do mundo, a dica é salvar sites com estatísticas globais entre seus favoritos. O ArcGIS Experience, por exemplo, mostra a situação do coronavírus no mundo com o auxílio de recursos visuais. Já o Worldometer traz uma tabela com dados atualizados várias vezes ao dia, de acordo com as informações oficiais dos países.
Canal do Átila Iamarino
Se você prefere vídeos ou lives para ouvir enquanto lava a louça, acompanhe o canal do Átila Iamarino no YouTube. Ele é biólogo, especialista em microbiologia e doutor pela Yale University, e tem feito um trabalho de divulgação científica muito acessível, confiável e didático desde o início da pandemia do novo coronavírus.
Veja o que fazer em caso de sintomas do novo coronavírus
Caso você ou alguém da sua família apresente sintomas leves, o Ministério da Saúde orienta a procurar as unidades de atendimento primário, isto é, postos de saúde, UBSs, UPAs etc. Como ainda não existe tratamento para o novo coronavírus, a conduta é fazer repouso, tratar os sintomas adjacentes com analgésicos e antitérmicos e, é claro, manter o isolamento domiciliar.
Evite a ida desnecessária a hospitais para não aumentar as chances de contaminação e sobrecarregar o atendimento, hein? O pronto-socorro só deve ser procurado em casos graves e que exigem internação emergencial, incluindo pacientes com piora acelerada do quadro clínico e falta de ar intensa.
Diante desta leitura, você viu que a situação do novo coronavírus no Brasil está sendo acompanhada de perto pelos órgãos competentes e que as medidas de prevenção são muito importantes, não é? Portanto, não deixe de manter os hábitos de higiene recomendados e de evitar aglomerações.
Neste período de quarentena, que tal pensar na sua futura carreira e conferir dicas de estudo? É fácil: siga as redes sociais da Estácio e acompanhe as atualizações no Facebook, no Instagram e no LinkedIn!