Conheça as tendências da Inteligência Artificial na Medicina
Após diferentes estágios ao longo das últimas décadas, a revolução tecnológica que se avizinha está fortemente calcada na aproximação entre os fatores automatizado e humano.
É uma tendência que se evidencia em diversas profissões, principalmente aquelas da área da saúde. Prova disso são as inovações proporcionadas pela Inteligência Artificial (IA) na Medicina, que forma os profissionais do futuro.
As mudanças e novidades tecnológicas na área criam diversas expectativas, sendo que a Inteligência Artificial já alterou significativamente a maneira de diagnosticar e tratar os pacientes, além de otimizar a gestão de processos.
A seguir, você que pensa em cursar Medicina verá quais são os principais avanços da IA na área médica e como eles podem aprimorar seu desempenho profissional!
Avaliação de quadros emergenciais
Além das experiências registradas fora do país, existem organizações estrangeiras que atuam no Brasil, sendo responsáveis por alguns casos de sucesso que merecem destaque. Um dos que mais chamam a atenção é o projeto de IA implantado em um hospital localizado na cidade de São Paulo.
Programado pela Aidoc (empresa com sede em Israel), o sistema foi desenvolvido para instruir algoritmos a detectar quadros de embolia pulmonar e hemorragia cerebral. O equipamento é capaz de detectar aspectos específicos que definem a gravidade do quadro do paciente. Se o parecer final apontar para um estado crítico, significa que o especialista deve priorizar aquele caso.
A fim de aperfeiçoar a abordagem tecnológica e tornar a avaliação mais precisa, os criadores do projeto ainda planejam a realização de aprimoramentos. O objetivo consiste em reduzir a quantidade de conclusões equivocadas — sejam elas relacionadas a falsos positivos ou associadas a falsos negativos.
A IA também colabora para acelerar a intervenção em quadros de septicemia. Tudo isso devido ao robô Laura, de autoria de Jacson Fressatto, especializado em análise de sistemas. De maneira análoga ao projeto anterior da Aidoc, a missão da Laura se refere à melhora do monitoramento do paciente. Para tanto, a máquina não só acompanha os dados contidos no prontuário eletrônico do paciente, como cruza os dados obtidos por exames com os índices de sinais vitais da pessoa internada.
Segundo informações publicadas no site do desenvolvedor, a Laura é programada para emitir alertas críticos com uma antecedência de 12 horas. Desde que o acompanhamento dos dados do prontuário ocorra ininterruptamente, esse período é mais do que suficiente para que o médico efetue as intervenções que julgar necessárias.
Realização de exames
Outra contribuição valiosa da Inteligência Artificial na Medicina aparece na realização de exames, essenciais para a obtenção de diagnósticos dos mais variados problemas de saúde. A mamografia, prática usada para identificar o câncer de mama, é uma das técnicas que já contam com o auxílio de algoritmos voltados para esse fim. De acordo com dados de 2019, o projeto conduzido pela empresa CureMetrix (EUA) foi usado para diagnosticar 6 mil mulheres com algum tipo de carcinoma de mama.
Vital para o diagnóstico precoce de tumores malignos, a excelência dos resultados gerados pela mamografia se deve a um padrão ouro. Com base nele, considera-se o mapeamento das mamas feito por dois radiologistas independentes. Desse modo, é possível ampliar o grau de acuracidade do laudo final.
Os algoritmos da Inteligência Artificial incidem justamente sobre os pareceres técnicos emitidos pelos profissionais. O papel da tecnologia consiste em espelhar os resultados em busca de ocasionais discrepâncias entre eles e os critérios de especificidade e sensibilidade previamente definidos.
Ainda no que diz respeito a exames de imagens, a radiômica é um conceito que deve ser observado nos próximos anos. O intuito é extrair grandes volumes de dados complexos a partir de varreduras radiológicas, com máxima precisão.
A expectativa é alta devido à possibilidade de se mesclar informações genéticas com detalhes praticamente impossíveis de serem notadas pelo olhar clínico humano.
Com a continuidade das pesquisas e a melhoria dos algoritmos, há o que se pensar quanto ao grau de evolução de muitos outros diagnósticos. Para ilustrar as possibilidades de prognóstico, há estudos em andamento voltados à relação estabelecida entre a genética tumoral e a ressonância magnética, empregada para detectar câncer cerebral.
Atendimento personalizado
Ao longo do desenvolvimento de sua carreira em Medicina, você perceberá que a área médica não se limita a uma grade curricular técnica. É necessário compreender e lapidar uma série de procedimentos que exigem máxima exatidão. Ao mesmo tempo, os cuidados associados a um atendimento humanizado, caracterizado por uma boa dose de empatia, jamais devem ser esquecidos.
Nota-se que as soluções ancoradas na IA também têm muito a oferecer com relação à aproximação entre médico e paciente. Boa parte desse resultado deriva da acentuação da especificidade dos diagnósticos, o que permite uma abordagem mais pessoal.
Por meio das facilidades propiciadas pela telemedicina, o profissional da área médica também pode ficar mais perto dos seus pacientes. Simultaneamente e a alguns cliques, ele tem à disposição diversos relatórios clínicos, devidamente armazenados em servidores da nuvem.
Sequenciamento de genes
A Inteligência Artificial é igualmente decisiva no diagnóstico de doenças raras. Para isso, é necessário avaliar aproximadamente 60 mil variações manifestadas pela sequência do genoma humano. A abordagem de dados elevados e complexos, como comentamos há pouco, é um problema que aflige profissionais de diferentes setores do conhecimento.
Ao estudar Medicina, você verá que a IA é providencial para viabilizar todo esse processo. Basta lembrar que, antes da chegada de novas ferramentas tecnológicas, a apuração de doenças supostamente de origem genética era pautada na investigação de certas localizações do DNA.
Por volta de 2010, um novo sequenciamento de genes promoveu uma transformação sem precedentes na história da Medicina. Acontece que aqueles milhões de pontos de DNA ocasionaram um segundo problema, bastante evidente: como otimizar o tempo e, concomitantemente, conquistar resultados mais expressivos e úteis? A resposta só veio recentemente, via algoritmos concebidos com base em uma Inteligência Artificial de ponta.
Você deve imaginar que, quando for estudante de Medicina, o estudo e o contato com todas as tendências apontadas dependerá fundamentalmente da qualidade oferecida pela instituição de ensino escolhida. Ao receber uma formação que prepare você para trabalhar com o que há de melhor em Inteligência Artificial na Medicina, você terá tudo para exercer a profissão com excelência!
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