Diploma reduz 50% chances de desemprego na pandemia
Além da qualificação técnica, habilidades emocionais também são fatores importantes no momento da decisão por desligamento
Há muito tempo a formação superior vem se tornando de suma importância para a concorrência no mercado de trabalho. Porém, em um cenário de crise, ela se torna ainda mais essencial.
De acordo com estudo divulgado recentemente pelo Instituto Semesp, pessoas diplomadas têm 50% menos chance de desemprego na pandemia, comparada a outras que não possuem.
A pesquisa “Empregabilidade e Ensino Superior em tempos de pandemia” apontou, ainda, que os vínculos empregatícios devem diminuir 14,7% e 5,3% para quem tem ensino fundamental e médio. Enquanto para quem possui o ensino superior completo, o índice deve cair apenas 1,3%, mantendo maior estabilidade.
A psicóloga, professora da disciplina Comportamento organizacional e coordenadora acadêmica da Estácio/RS, Cassiane Echevengua dos Santos Amaral reitera a importância do diploma no momento de decisão da redução do quadro pessoal das empresas.
“Quanto mais qualificada a pessoa, menos chances ela tem de ser desligada. Esse é um fator muito importante nesse momento de escolha”, afirma.
Porém, só o diploma de curso superior não basta para manter a segurança do emprego, é necessário que o funcionário desenvolva habilidades que vão além da técnica.
“O comportamento também é levado muito em conta, como ter uma postura ética, responsável, ser proativo, dinâmico, comprometido. A inteligência emocional também é um critério considerado de grande importância, atualmente.
Ela diz respeito à capacidade que o funcionário tem de administrar suas emoções no ambiente de trabalho”, explica Cassiane.
Porém, ainda que o funcionário se qualifique tecnicamente, aumentado seu grau de escolaridade e buscando especializações, assim como também desenvolva suas habilidades emocionais, é importante se preparar para um cenário de desligamento, devido à grande crise econômica.
Caso seja inevitável para a empresa a demissão nesse período de pandemia, a psicóloga instrui que a pessoa desligada deva concluir sua experiência com um bom relacionamento, deixando sempre as portas abertas. “As empresas costumam recontratar os colaboradores que sempre foram bons para a organização.
Ainda mais nesse cenário econômico incerto, é possível que a empresa possa abrir vagas em um futuro próximo. Por isso, é sempre indicado que o funcionário mantenha um bom relacionamento até o fim e se coloque à disposição para novas oportunidades”, conclui a psicóloga.