Síndrome do impostor em recém-formados. Veja! | Blog Estácio
Você acaba de se formar e chega a hora de entrar no mercado de trabalho. Bate aquela baita insegurança, não é mesmo? Como colocar em prática tudo o que aprendeu? Como vai ser o dia a dia? Como dar conta da pressão e dos prazos? São reações normais; afinal, você vai lidar com algo novo na vida. A questão é quando isso se torna algo maior, dificultando mostrar seu talento e se destacar. Estamos falando da síndrome do impostor.
É uma situação na qual o profissional recém-formado se enxerga como uma fraude e não tem confiança em seu trabalho. Para ele, o fato de ter sido selecionado para uma vaga foi acaso ou até mesmo sorte, ou seja, ele se autossabota.
Vamos conversar sobre a síndrome do impostor? Continue a leitura e descubra como ela se manifesta e de que forma lidar com o problema para levar a carreira adiante!
O que é síndrome do impostor?
Em primeiro lugar, apesar do nome, a síndrome do impostor não é uma doença. Aliás, o termo adequado é “fenômeno do impostor”, indicando que a pessoa não considera as potencialidades que tem para assumir uma vaga de emprego ou aceitar novos desafios. Pode ocorrer com qualquer profissional, desde os recém-formados até os mais experientes.
Esse conceito foi criado em 1978, nos Estados Unidos, pelas psicólogas Pauline Rose Clance e Suzanne Imes, e a ideia é que o sujeito não enxerga suas conquistas como fruto do próprio mérito. Assim, vê que não vai dar conta de assumir, por exemplo, o cargo pelo qual foi escolhido e que, cedo ou tarde, os colegas vão descobrir que ele é uma fraude.
Como ela surge?
A síndrome do impostor dá as caras quando o profissional começa a sentir uma insegurança exagerada em relação ao seu desempenho no trabalho. Com isso, por medo de que os outros percebam que ele é uma fraude, acaba deixando passar boas oportunidades, o que se torna uma barreira para conseguir se destacar no mercado de trabalho.
Ela pode ter várias causas, como um episódio em que o profissional cometeu algum erro, seja na apresentação do trabalho em grupo da faculdade, seja no estágio.
Para muita gente, acaba sendo resultado de baixa autoestima e, por mais que a pessoa tenha feito uma boa graduação e estudado bastante, não consegue se sentir confiante para dar um passo à frente na carreira.
Como saber se estou sofrendo desse mal?
Ninguém vai perceber da noite para o dia que está se autossabotando. Esse comportamento pode ser notado na rotina. Veja a seguir o que pode indicar que alguém sofre com a síndrome do impostor.
Procrastinação
Muita gente que não acredita em suas potencialidades acaba deixando para depois o que daria para ser feito com calma e com mais tempo. Em outras palavras: o profissional acaba procrastinando.
Assim, caso alguém venha dizer que a tarefa tem erros, pode alegar que não é bom em trabalhar com um prazo muito curto, ou que apareceram outras demandas mais urgentes.
Tarefas inacabadas
Muitos profissionais adotam a postura de deixar atividades e projetos sem terminar para que a equipe não descubra que ele realiza um trabalho ruim. Desse modo, colocam barreiras para justificar as tarefas inacabadas.
Trabalho além da conta
Por outro lado, há muitos profissionais recém-formados que, por pura insegurança de apresentar um trabalho de má qualidade, viram workaholics. Assim, ficam na empresa mais horas do que o expediente, aceitam fazer todas as horas extras e são perfeccionistas.
Tudo isso para driblar a imagem que têm de si mesmos de que são uma fraude. Só que essa compensação vai trazer ansiedade e estresse, prejudicando a saúde mental e a qualidade de vida.
Receio de avaliações
Quem se considera um impostor na sua profissão fica angustiado com avaliações que a empresa ou colegas podem fazer do seu desempenho. Com isso, recusam fazer projetos em grupo, preferindo trabalhar solitários para que ninguém aponte erros e dificuldades.
Permanência na zona de conforto
Por último, dá para notar se você se autossabota quando não sai da sua zona de conforto. O que isso significa? Que tem medo de assumir novos projetos e desafios.
Com isso, pode até ver que estão abrindo uma vaga bacana, que tem tudo a ver com seu perfil profissional, mas não se candidata, preferindo permanecer em um emprego que paga menos ou até mesmo desempregado. Há medo em assumir grandes responsabilidades e falhar, deixando, assim, a carreira estagnada.
O que fazer para não se sentir assim?
Não dá para manter essa situação, certo? Afinal, você se dedicou tanto aos estudos, se formou e agora tem uma carreira de sucesso pela frente. Então, o que fazer para enxergar suas habilidades e talentos? Confira algumas dicas que vão ajudar a lidar com o problema.
Coloque seus sentimentos para fora
Desabafe sobre essa angústia com amigos e familiares mais próximos. Coloque em palavras o que está sentindo para que eles possam transmitir conforto e a ideia que têm sobre você. Com isso, você tem uma visão externa com relação às suas capacidades e potencialidades.
Não tenha medo de errar
No trabalho, ao lidar com alguma dificuldade, se arrisque: os erros fazem parte de todo o processo, e nosso desenvolvimento profissional ocorre quando aprendemos com as nossas falhas.
Reflita sobre você mesmo
Que tal parar um pouco em um local silencioso se concentrar e pensar em você mesmo? Faça um exercício de autoconhecimento e liste seus pontos fortes e fracos. Reflita também sobre suas conquistas e fracassos.
Entenda que o que deu errado ficou para trás e que você tem muitas qualidades para brilhar na carreira. Quanto às dificuldades, corra atrás para superá-las. Pode ser preciso, por exemplo, fazer um curso de idiomas ou começar uma pós-graduação.
Procure ajuda profissional
Se nenhuma das dicas funcionar, não hesite em procurar um apoio psicoterápico. Com isso, você vai poder entender as causas da síndrome do impostor e identificar como encontrar o caminho certo para driblá-la.
A síndrome do impostor pode atingir os recém-formados e impedir que consigam ter um bom desempenho no início da vida profissional. Um pouco de insegurança é normal, contudo, se isso se torna um medo que impede você de aproveitar oportunidades, é preciso se mexer para identificar as causas e as formas de superar esse fantasma.
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