Placas tectônicas: o que são e quais os seus tipos, limites e movimentos

placas tectonicas
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Um evento recente causou grande repercussão em todo o mundo: o terremoto na Turquia. Catástrofes assim resultam na morte de centenas de pessoas, além de causar graves perdas materiais. Prédios de grande altura desabam, criando um cenário apocalíptico.

A partir das descobertas científicas, já é possível estudar terremotos — ainda que não existam medidas preventivas. Por trás do fenômeno, há um importante conceito: o de placas tectônicas.

Aproveitando a catástrofe da Turquia, elaboramos um artigo pertinente sobre um tema estudado em Geologia. A seguir, confira o que são placas tectônicas, quais são os tipos que existem e outras informações relevantes!

O que são placas tectônicas?

As placas tectônicas são estruturas rochosas grandes, que estão em lento e contínuo movimento na camada externa da Terra — a litosfera ou crosta terrestre, na qual estão os continentes e oceanos.

Esse deslocamento das placas tectônicas decorre da energia das correntes de convecção de magma que se originam no manto, camada do planeta que se situa abaixo da litosfera e acima do núcleo.

A teoria das placas tectônicas é a que melhor explica a movimentação da camada litosférica da Terra, que dá origem a terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas, contribuindo também para a formação de montanhas e fossas oceânicas.

Quais são as principais placas tectônicas?

A Terra tem 52 placas tectônicas — 14 principais, de maiores dimensões, e 38 secundárias, de menores dimensões. Veja algumas das principais!

Placa Sul-Americana

A Placa Sul-Americana está localizada na América do Sul e se estende até a Dorsal Mesoatlântica. Os limites são:

  • a leste, com a Placa Africana;
  • a oeste, com a Placa de Nazca;
  • ao norte, com a Placa Caribenha;
  • ao sul, com a Placa Antártica e com a Placa Scotia.

Placa de Nazca

Está situada à esquerda da Placa Sul-Americana. A Cordilheira dos Andes deve sua formação à colisão entre a Placa de Nazca e a Placa Sul-Americana.

Placa do Pacífico

Essa placa está situada no Pacífico, ocupando boa parte do oceano. Ao norte, ela se limita com três placas:

  • Placa do Explorador;
  • Placa de Gorda;
  • Placa Juan de Fuca.

A falha de San Andres foi consequência do limite da Placa do Pacífico com a Placa Norte-Americana.

Placa Eurasiática

Ocupa parte da Eurásia, limitando-se com a Placa da Índia e com a Placa Africana. É a Dorsal Mesoatlântica que separa a Placa Eurasiática da Placa Norte-Americana, dividindo-a em:

  • Eurasiática Ocidental;
  • Eurasiática Oriental.

Outras placas importantes

Além dessas cinco placas, existem mais nove grandes placas tectônicas, das quais vamos somente citar os nomes:

  • Placa Africana;
  • Placa Australiana;
  • Placa Antártica;
  • Placa Norte-Americana;
  • Placa de Scotia;
  • Placa Caribenha;
  • Placa Indiana;
  • Placa das Filipinas;
  • Placa Indo-Australiana — reúne as placas Australiana e Indiana.

Quais são os tipos de placas tectônicas?

Quantos aos tipos de placas tectônicas, a Geologia identifica três. Veja a localização de cada um deles:

  • oceânicas — no assoalho oceânico;
  • continentais — abaixo dos continentes;
  • oceânicas e continentais — entre o assoalho oceânico e o continente.

Por que as placas tectônicas se movimentam?

O movimento das placas tectônicas decorre de temperaturas elevadas que existem no interior do planeta. A litosfera está sobre o manto, camada formada pelo magma — um material de elevada temperatura.

O calor intenso estimula a movimentação circular do manto em correntes de convecção. A convecção transfere o calor da camada mais interna do planeta (núcleo) para as camadas mais externas. Consequentemente, ocorre o movimento das placas tectônicas, o que leva à separação ou à união dos continentes.

O movimento acontece dentro dos limites das placas, podendo ser de afastamento, de colisão ou lateral.

Quais são os limites das placas tectônicas?

Os limites das placas tectônicas equivalem às zonas de encontro entre elas — ou seja, são as margens ou fronteiras das placas.

Limite divergente

Nesse movimento, as placas se afastam umas das outras, formando rachaduras e fendas na crosta da Terra. Durante o movimento das correntes de convecção ascendentes, o magma passa pelas rachaduras e alcança a superfície, onde passa por resfriamento e é adicionado às bordas das placas, que ficam maiores.

Quando as placas oceânicas se separam, elas originam as dorsais mesocêanicas, que são cadeias de montanhas no fundo do oceano. Essas montanhas geram a expansão do fundo oceânico, gerando vulcões e terremotos.

A separação das placas continentais pode provocar terremotos, e criar vulcões e vales em rifte — áreas em que a crosta passa por uma fratura, causando a separação das porções vizinhas da superfície. No golfo da Califórnia, por exemplo, há vales em rifte.

Limite convergente

Nesse movimento, como o nome diz, as placas se aproximam e colidem entre si. As rochas das placas oceânicas têm maior densidade que as outras. Por isso, sempre que o deslocamento acontece entre placa continental e oceânica:

  • a oceânica volta para o manto; e
  • a continental forma dobras depois de se enrugar.

Caso ocorra uma colisão entre duas placas oceânicas, a mais densa vai afundar. Se a colisão for entre duas placas continentais, nenhuma afunda, pois a densidade entre ambas é a mesma — as duas passam por dobramento. Um exemplo foi a colisão entre as placas Nazca e Sul-Americana, que formou a Cordilheira dos Andes.

Limite transformante

Nesse tipo de limite, há um deslizamento das placas tectônicas entre si. Como resultado, aparecem rachaduras na área de contato entre elas. Nesse caso, não ocorre destruição nem formação de placas — algumas vezes, surgem falhas.

Um exemplo desse movimento é a falha de San Andres (Califórnia, EUA), resultante do deslizamento entre as placas do Pacífico e Norte-Americana.

Quais são as placas tectônicas localizadas no Brasil?

O Brasil está no centro da Placa Sul-Americana, cuja área é de 43,6 milhões de quilômetros quadrados e cerca de 200 quilômetros de espessura. Ela se movimenta para o oeste, distanciando-se da Dorsal Mesoatlântica, aproximando-se da Placa do Pacífico e da Placa de Nazca.

Pelo fato de se situar bem no centro da Placa Sul-Americana, nosso país, felizmente, não passa por grandes abalos — apenas sismos de pequena magnitude, resultantes do desgaste da placa.

Neste post, você pode aprender mais sobre as placas tectônicas. Ao analisar um mapa das placas tectônicas, entenderá melhor tudo o que falamos ao longo do post — a visualização ajuda na compreensão de muitos assuntos.

Agora, é possível entender a importância das placas para a formação de montanhas e fossas oceânicas, e para a ocorrência de terremotos e erupções vulcânicas.

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