Os desafios e oportunidades do mercado de trabalho para Fisioterapia

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Ao procurarmos informações sobre profissões, um dos pontos interessantes a ser analisado é a empregabilidade. Por isso, é importante você conhecer o mercado de trabalho para Fisioterapia.

Para começar, saiba que ele tem se mostrado cada vez mais propício, o que tem ajudado profissionais a conseguirem um reconhecimento mais rápido. As opções de atuação são muitas, e isso também tem motivado os fisioterapeutas. No dia a dia, o trabalho parece desafiador, mas a possibilidade de promover bem-estar e recuperação ao paciente torna tudo gratificante.

Conversamos com Sheila Amaral, coordenadora do curso de Fisioterapia da Estácio, das unidades Norte Shopping e Presidente Vargas. Ela nos trouxe algumas considerações interessantes sobre a atuação do profissional. Vamos descobri-las?

Uma perspectiva sobre o mercado de trabalho para Fisioterapia no Brasil

A média salarial do fisioterapeuta recém-formado é de R$2.636. A remuneração, que está acima da média do mercado, é apenas o começo de tudo, já que o tempo de carreira e as especializações permitem rendimentos ainda mais atraentes.

A taxa de empregabilidade é tida como uma das melhores no mercado. Só por curiosidade, a profissão estava entre as 15 áreas que mais contrataram profissionais em 2018.

Sheila nos contou sobre uma especialidade bastante demandada atualmente: a de Terapia Intensiva em hospital, influência da pandemia. “A demanda está alta e não há profissionais qualificados disponíveis para tal. É um desafio, mas acaba sendo algo positivo, pelo fato de os fisioterapeutas atuantes estarem sendo bastante requisitados”.

O coronavírus, segundo ela, também tem levado as pessoas a se darem conta da relevância do profissional. “Com a ajuda das mídias, a sociedade passou a conhecer melhor essa atuação, como a de reabilitação em pneumologia e cardio”.

Isso é bastante favorável ao mercado, já que, até pouco tempo atrás, apenas o trabalho de reabilitação, trauma e ortopedia era conhecido. Porém, por ser uma mudança recente, ainda existem poucos profissionais especializados na área.

“A demanda tem sido tão grande que um único fisioterapeuta precisa atender vários leitos. Isso fez com que alguns alunos de final de curso da Estácio pedissem colação especial, para ajudar nessa atuação”.

Sheila também defende a autonomia do fisioterapeuta como uma grande vantagem da carreira. “Esse é um benefício que gosto de ressaltar. Posso atender até na minha casa, se a demanda permitir um tratamento pela internet. Essa independência costuma chamar a atenção dos alunos, já que não precisam ter carteira assinada para trabalhar”.

Os desafios e as oportunidades para fisioterapeutas

A Fisioterapia foi reconhecida como profissão em 13 de outubro de 1969. Nesses pouco mais de 50 anos, cresceu e amadureceu bastante. Contudo, com esse desenvolvimento, vieram os desafios.

Um deles está voltado à expansão da Ciência e da tecnologia. Novos tratamentos têm sido descobertos e equipamentos modernos têm surgido. Com a graduação de Fisioterapia também mais difundida, o número de profissionais aumentou, elevando a concorrência. Isso tudo tornou o mercado mais exigente.

A solução é manter o aprendizado contínuo, não deixando a atualização e a especialização de lado. Investir em formas de ganhar notoriedade na carreira, com ajuda do marketing digital, por exemplo, também é uma boa saída.

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Ao mesmo tempo, enxergamos oportunidades, principalmente com o aumento na busca pelo bem-estar e a maior expectativa de vida da população. Algumas áreas nas quais o profissional pode encontrar perspectivas positivas são:

  • Fisioterapia Estética, também chamada de Dermatofuncional — a atuação se concentra em atendimentos pré e pós-operatórios, incluindo drenagens, massagens e cuidados com a pele;
  • Fisioterapia Gerontológica, é a especialização com idosos — pode agir na prevenção e na reabilitação, após problemas advindos com a saúde ou com acidentes;
  • Fisioterapia Pediátrica — atua no tratamento motor de bebês e crianças, podendo envolver, também, problemas no desenvolvimento ou doenças congênitas;
  • Pilates — tem sido uma atividade muito procurada, pela promoção da reeducação do movimento corporal. Os exercícios terapêuticos podem ter foco em prevenir ou em recuperar a saúde físico-funcional;
  • Fisioterapia Desportiva — tem ganhado popularidade, tornando a especialidade promissora. Na prática, o profissional atende tanto atletas profissionais quanto praticantes amadores.

As habilidades e afinidades esperadas de um fisioterapeuta

Sheila conta que tanto o aluno como o profissional de Fisioterapia precisam ser ativos e sempre buscar conhecimento. É essencial gostar de estudar, e a leitura é grande auxiliadora nisso.

Com relação às matérias, é preciso entender que, por ser da área de saúde, o estudante terá contato intenso com Ciências Biológicas. Matérias como Bioquímica, Anatomia, Biomecânica, Fisiologia e Patologia são essenciais à aprendizagem das outras que virão ao longo do curso.

Buscar especialização, como comentamos há pouco, também é recomendado, principalmente se você deseja se destacar no mercado e encontrar oportunidades que saem do senso comum. As já citadas ao longo deste texto são apenas algumas das vastas possibilidades.

Falando sobre afinidade, Sheila recomenda saber lidar com pessoas. “Uma das maiores habilidades é o trabalho de cuidar do próximo. Um dos grandes dons é conhecer o outro e ter cuidado nos atendimentos. É preciso gostar, mesmo, disso”.

Outro ponto importante ressaltado por ela é o interesse por comportamentos sociais e saúde mental. “Apesar de não intervirmos diretamente em casos como o de alterações psicossomáticas, muitos pacientes podem ter transtornos relacionados”.

A tecnologia no dia a dia da Fisioterapia

O futuro profissional terá total contato com recursos tecnológicos, por isso é interessante adaptar-se desde já. “A tecnologia auxilia bastante no dia a dia. Temos, por exemplo, um banco importante com avaliações de postura e pisada e demais exames dos pacientes. Recursos eletrotermofototerapêuticos, da mesma forma, têm bastante abrangência em recuperações”, aponta Sheila.

Atenção à Quarta Revolução Industrial também se faz importante A Fisioterapia 4.0 propiciará melhorias nos diagnósticos e nos tratamentos, por meio da inteligência artificial, impressora 3D e internet das coisas. Isso não pode ser negligenciado.

“Porém, o mais importante é o profissional querer tocar, estar próximo ao paciente, ter a humanização”, opina Sheila. “Nunca podemos deixar isso de lado, por mais que os recursos facilitem e nos deem mais perspectivas de recuperação”.

Os impactos de uma boa graduação para seu futuro na Fisioterapia

Para a professora, o aluno precisa se preocupar com o seu futuro profissional desde o início, não apenas após o término do curso. “A competição se dá desde a graduação. Se foi um aluno que realizou muitas atividades e projetos de extensão, ele sairá com um currículo competitivo. Isso já conta pontos, inclusive, para passar em um concurso”.

Dessa forma, é interessante apostar em uma instituição de qualidade, reconhecida no mercado e capaz de oferecer um ensino eficiente. Na Estácio, é possível contar com oportunidades durante toda a graduação. Além dos estágios obrigatórios em empresas parceiras, há o Portal de Vagas Estácio, que reúne diversos postos, facilitando encontrar aqueles mais alinhados ao perfil de cada um.

A faculdade também ajuda na construção e execução do plano de carreira, ao disponibilizar projetos como serviços de orientação profissional. Você pode entrar em contato com um consultor, tirar dúvidas sobre currículo e recrutamento, além de pedir ajuda e sugestões no que investir, para seguir as tendências.

A gestão de carreira é construída ainda dentro da faculdade, por isso a importância de saber escolher a melhor. Por fim, Sheila dá o último conselho: “tem que se dedicar e gostar do que faz. Consultar professores e participar de atividades que desenvolvam o perfil acadêmico e profissional propiciará melhores oportunidades no mercado de trabalho para Fisioterapia”.

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