Entenda o que faz um cientista e como se tornar um!
Ao ouvir o termo “cientista”, provavelmente você imagina alguém com o cabelo bagunçado, olheiras grandes e um laboratório cheio de instrumentos mirabolantes, não é? Existem muitos estereótipos sobre o que faz um cientista e até mesmo a respeito de sua aparência e personalidade, sendo que o imaginário popular associa esse profissional a um gênio antissocial e meio esquisito.
Além disso, é muito comum pensar que a ciência é uma das profissões para quem gosta de Matemática, ou seja, exclusivamente da área de Exatas. Mas não é nada disso! Na verdade, todos os campos do conhecimento — incluindo Humanas, Sociais e Saúde — têm seus cientistas.
Para que você entenda melhor sobre essa profissão tão importante para a sociedade, preparamos este texto! Continue a leitura e confira o que faz um cientista e como se tornar um deles!
Afinal, o que é e o que faz um cientista?
O termo “ciência” vem do Latim scientia, que significa “conhecimento, saber”. Assim, podemos resumir o cientista como o profissional que faz ciência, ou seja, que produz conhecimento científico.
Isso vale para qualquer área do conhecimento: desde as mais comumente associadas à ciência, como a Física ou a Química, até as mais improváveis para o senso comum, como a Filosofia. O que costuma definir uma investigação como científica é:
- a elaboração de questionamentos críticos sobre determinado objeto de análise;
- o uso de métodos rigorosos de reflexão ou experimentação;
- o levantamento bibliográfico a partir de uma base confiável de literatura científica;
- a busca por resultados, o máximo possível, imparciais.
Qual é a importância do cientista para a sociedade?
Com as conclusões alcançadas em suas pesquisas, os cientistas são os grandes responsáveis pelo nosso entendimento maior do mundo e até do Universo. É por meio da atividade científica que descobrimos cada vez mais coisas sobre o funcionamento da natureza, das relações humanas, culturais e sociais.
Assim, o conhecimento científico ajuda a trazer avanços que contribuem significativamente para a qualidade de vida das pessoas, seja de imediato — como no caso da criação de vacina contra a Covid-19 —, seja no médio e no longo prazo.
Por exemplo, os estudos científicos da Psicologia contribuíram, ao longo de décadas, para o entendimento cada vez maior de como se dá o desenvolvimento da criança em interação com o ambiente. Isso serve de base para iniciativas práticas, como a elaboração de novas metodologias de ensino.
Quais cursos você deve fazer para se tornar um cientista?
Os cursos de graduação próprios para a formação de cientistas são aqueles em que a principal possibilidade de atuação do profissional após a obtenção de diploma é a pesquisa. É o caso, por exemplo, de áreas como:
- a Biologia (Bacharelado);
- as Ciências Sociais;
- a Física (Bacharelado);
- a Linguística;
- a Química (Bacharelado);
- a Teologia etc.
Quanto à Teologia, é importante notar que o objeto de estudo são as religiões, o que não muda o fato de que os métodos de pesquisa utilizados procuram sempre se manter livres da parcialidade religiosa ou de qualquer tipo.
Como dissemos, essas são graduações cuja principal atuação profissional é a pesquisa científica, porém, há outras possibilidades de trabalho. Do mesmo modo, áreas que não são tradicionalmente escolhidas por quem quer ser cientista também oferecem essa opção. Por exemplo, a atuação mais comum dos formados em Psicologia é no atendimento clínico, mas você também pode seguir a carreira de cientista.
Em resumo, você pode se tornar um cientista em qualquer área do conhecimento! Para isso, deve seguir a carreira acadêmica — ou seja, fazer a pós-graduação stricto sensu (em sentido estrito). Descubra quais são as etapas!
Mestrado
O mestrado é um curso que oferece um aprofundamento ainda maior do que a graduação. Ele dura de 2 a 4 anos e é oferecido em universidades do Brasil todo. Preste somente atenção para que o curso de sua escolha seja reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Durante o mestrado, o estudante deve fazer algumas disciplinas, além de elaborar uma grande pesquisa científica. Ao final, ele deve redigir uma dissertação de mestrado com as etapas e conclusões dessa pesquisa e apresentá-la a uma banca. A aprovação garante o título de mestre.
O estudante é sempre acompanhado por um professor orientador e, em geral, os processos seletivos para programas de mestrado exigem o domínio do Inglês. O estudante pode concorrer a bolsas de financiamento — no Brasil, a Capes é a principal responsável pelo pagamento de bolsas.
Doutorado
Embora não tenha o mestrado como um de seus pré-requisitos, o doutorado é ainda mais aprofundado e, por isso, costuma ser feito somente depois da etapa anterior. Esse curso pode durar de 4 a 6 anos e também envolve a realização de uma pesquisa científica.
O produto dessa pesquisa é a tese de doutorado que, normalmente, traz uma contribuição inédita para o conhecimento científico de determinada área. Se aprovado, o profissional recebe o título de doutor, equivalente ao PhD norte-americano.
O doutorado é realizado com a supervisão de um professor orientador e também pode ser feito com bolsas de órgãos financiadores. Para entrar no doutorado, geralmente os editais exigem o domínio de dois idiomas estrangeiros.
Pós-doutorado
Os cientistas podem continuar estudando pelos pós-doutorados, que duram cerca de 2 anos. Aqui, não é preciso defender dissertação ou tese, apenas realizar novas pesquisas e produzir material a partir delas, como livros, artigos científicos, relatórios etc.
Como é o mercado de trabalho para o cientista?
O mercado de trabalho para o cientista é muito amplo e nunca deixará de ser promissor. Afinal, o conhecimento sempre trará contribuições para a sociedade. No Brasil, a área é ainda mais interessante, visto que a produção científica do nosso país está entre as melhores do mundo.
De acordo com um levantamento da Capes, com dados de 2013 a 2018, o Brasil ocupa a 13ª posição no mundo em termos de produção científica, fruto sobretudo dos programas de pós-graduação das universidades públicas, responsáveis por mais de 60% dos avanços científicos do país.
Isso mostra o potencial do país para o conhecimento científico. Em geral, os cientistas trabalham como pesquisadores vinculados a universidades ou centros de pesquisa. É bastante comum que esses profissionais sejam também docentes do Ensino Superior.
Como uma boa instituição de ensino pode ajudar?
Uma graduação de qualidade é fundamental para despertar a curiosidade, o rigor metodológico, o senso crítico e a vontade de continuar estudando, características essenciais para um cientista.
Além disso, uma boa instituição de ensino tem iniciativas práticas que podem ajudar a despertar a paixão pela ciência, como laboratórios, grupos de pesquisa, revistas para publicação de artigos dos estudantes, congressos e simpósios, além de programas de iniciação científica.
Essas atividades extracurriculares são muito importantes para que o estudante de graduação tenha contato com a pesquisa científica, além de enriquecerem o Lattes — o currículo acadêmico e científico. Isso é algo que contribui com a aprovação em processos seletivos de mestrado e doutorado.
E aí, gostou de descobrir o que faz um cientista e como se tornar um? Como você viu, o fazer científico é muito mais do que aquele velho estereótipo. Você pode seguir essa carreira independentemente de ter interesse pelas Ciências Exatas, Humanas, Sociais ou da Saúde, basta se dedicar bastante e contar com uma boa faculdade!
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